Edição 021 – 14/03/2018

O DESMONTE DO MECIR DE PORTO ALEGRE


Reportagem do Conexão Real

“Atividades de BC em Porto Alegre serão concentradas em prédio único”.

Esclarecendo os fatos:

1 – Ocupar apenas um edifício “manterá as atividades do meio circulante e otimizará recursos”?

Não. Atividades de meio circulante passarão para a Gerência Técnica de Curitiba. A Caixa-forte de Porto Alegre será fechada. Essa informação está omitindo o mais importante: além da operação de caixa-forte, sairão de Porto Alegre a atividade de processamento automatizado de cédulas, sendo desativadas ou transferidas as máquinas processadoras de numerário. As atividades remanescentes (a fiscalização do custodiante, a análise de cédulas suspeitas e a divulgação de elementos de segurança do Real) são apenas uma fração das atividades do Meio Circulante.

2 – A medida é a melhor para “solucionar questões de segurança, orçamentárias e operacionais, com menor impacto possível para os colegas, para o BC e para a economia local”?

Não.
É questionável a simplificação da solução adotada. Nunca ocorreram roubos no prédio do meio circulante. Agora, grandes quantidades de cédulas a serem destruídas, não seriadas, – o que dificulta o rastreamento -, serão transportadas de Porto Alegre para Curitiba. Será que será preciso o sacrifício de vidas humanas para que a Diretoria do BCB consiga ver a realidade? Qual o custo que o BCB está efetivamente transferindo para o sistema, considerando os custos de seguro, antes não existentes? Essa economia é mesmo eficiente? Consideramos que não.

3 – Esse movimento pretende “valorizar o papel de cada projeção do BC no País”?

Não. A partir da transferência das atividades, Porto Alegre receberá somente remessas de numerário oriundas de uma escala de distribuição de menor prioridade, destinadas às praças onde não existe representação do BCB. Perguntamos ao Banco Central: quantas remessas de numerário oriundas do Rio de Janeiro foram destinadas a Florianópolis e quantas o foram para Porto Alegre em 2017?

 Após tantos equívocos e omissões de informação, é possível acreditar em que “nenhum servidor será   transferido”, ou que a toda a ADPAL não sofre sério risco de ser extinta? 

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