Edição 8 – 18/1/2017

Podemos ainda mais


Acompanhamos, na última semana, a apresentação à imprensa da agenda BC+, feita pelo presidente da autarquia Ilan Goldfajn. A autoridade monetária traz os quatro pilares com que busca gerar benefícios sustentáveis para a sociedade brasileira: mais cidadania financeira; legislação mais moderna; sistema financeiro nacional mais eficiente; crédito mais barato. Cada objetivo vem acompanhado de um conjunto de ações, propostas para torna-los realidade.

O projeto alinha-se com um antigo sonho do funcionalismo da Casa, de construir um Sistema Financeiro Cidadão, cuja realização só fará crescer o serviço público que prestamos e o reconhecimento social pelos resultados oferecidos à sociedade.

Goldfajn explicou que a agenda não é estanque, mas pode avançar com o tempo e contemplar novas medidas de curto, médio e longo prazos. Nesse sentido, apresentamos nossas considerações, baseadas na posição dos nossos representados sobre a regulamentação do artigo 192 da Constituição Federal.

Expressa o comando magno que da estruturação do sistema financeiro espera-se a promoção do “desenvolvimento equilibrado do país” e o atendimento aos “interesses da coletividade”. A identidade desses princípios constitucionais com os pilares apresentados, que já é grande, pode ser ainda aprimorada com a busca de um marco legal que traga ao BC obrigações com o crescimento econômico e a geração de empregos, ao lado das estabilidades monetária e financeira; a presença da autarquia em todo o país, próxima ao cidadão, às suas demandas e auxiliando a economia local a se servir do sistema financeiro para o seu desenvolvimento; e a inclusão dos representantes empresariais e dos trabalhadores no Conselho Monetário Nacional, para que os interesses de quem produz sejam refletidos nas políticas públicas da autoridade monetária e demais supervisores dos mercados financeiros, seguradores e de capitais.

São ações adicionais que envolvem algum grau de risco, mas certamente estão ao alcance do saber construído pelos servidores do Banco Central do Brasil. Se o BC apostar nos seus servidores, a sociedade só tem a ganhar. E, certamente, saberá remunerar convenientemente quem lhes traga o máximo de benefícios.

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