Meirelles descarta fatiar reforma

    Em encontro com empresários, Michel Temer e Henrique Meirelles destacam melhora na economia

    Apesar de líderes da base governista já considerarem o fatiamento da Reforma da Previdência inevitável, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, descartou essa possibilidade. ‘A princípio, a nossa ideia é trabalhar para a aprovação do projeto como aprovado pela comissão especial no relatório do deputado Arthur Maia (PPS-BA)’, disse o chefe da equipe econômica, após participar do encontro do presidente Michel Temer com empresários e representantes de centrais sindicais no Palácio do Planalto ontem.

    Para Meirelles, a economia brasileira está avançando ‘em um ritmo sólido’, e a aprovação de propostas do Executivo no Congresso Nacional, como a Reforma trabalhista, o teto dos gastos públicos e ‘uma série de outros projetos na mesma direção’, mostra que o governo continua trabalhando para a recuperação econômica do país. ‘Agora temos uma votação da maior importância que é a questão da Reforma da Previdência. Não há dúvida de que esse é um ponto fundamental e que todos devemos estar com atenção concentrada nisso’, acrescentou.

    Meirelles destacou que a recuperação da economia está se mostrando nos números. ‘O que é importante na economia cada vez mais é olharmos os dados e os números. É ver o que os números estão dizendo e não ficarmos presos a demais questões ou opiniões. E eles estão dizendo, seja a queda de Juros, seja a queda do dólar, seja o número recorde da Bolsa de Valores, tudo isso mostra que os mercados estão acreditando no desempenho da economia brasileira’, resumiu.

    Durante o evento com cerca de 200 pessoas, vários ministros, representantes dos trabalhadores e da indústria se alternaram no microfone. Temer, ao final, afirmou que essa é a marca de seu governo, o diálogo. O chefe do Executivo recebeu das entidades de classe documento com sete propostas para acelerar a criação de emprego, tais como: elevar as concessões de crédito de bancos públicos, retomar as obras públicas paralisadas, rever as normas do seguro-desemprego, desburocratizar e destravar os investimentos na área de petróleo e gás.

    O presidente destacou o nível recorde alcançado pela Bolsa de Valores de São Paulo (B3), rompendo a barreira de 74 mil pontos. ‘Nunca alcançamos esse índice, portanto, isso indica a pujança da economia e a segurança de que o país está crescendo’, afirmou.

    Fonte: Correio Braziliense

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