Autor: ALESSANDRA AZEVEDO
O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, defendeu, na manhã de ontem, a política monetária adotada pelo governo e reforçou a importância da aprovação da Reforma da Previdência, considerada por ele ‘inevitável’ para a manutenção dos avanços econômicos. Ele fez as declarações durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal. Segundo Goldfajn, ‘não há como escapar de fazer as reformas em algum momento, e quanto mais cedo, melhor’.
A queda da inflação, segundo o presidente do BC, é resultado da atuação ‘firme’ do banco para ‘domar as expectativas, apoiado pela política econômica de forma geral’. Ele afirmou que ‘a dosagem da política monetária se mostrou adequada, com as atuais expectativas de crescimento para 2017 e 2018 maiores que as do fim do ano passado’.
Caso o cenário básico de inflação evolua de acordo com o esperado, a instituição vê como ‘adequada uma redução moderada’ no ritmo de queda na Taxa Básica de Juros, a Selic, hoje em 8,25% ao ano. Nas mesmas condições, o Comitê de Política Monetária (Copom) antevê um ‘encerramento gradual’ do ciclo de flexibilização monetária, acrescentou.
Antes de ir ao Senado, Goldfajn tomou café da manhã com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para discutir possíveis mudanças na Medida Provisória nº 784, que institui a possibilidade de acordos de leniência entre o BC e Instituições Financeiras.
Fonte: Correio Braziliense
