Ilan renova mensagem de política monetária

    Num tom mais coloquial, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, renovou ontem basicamente toda a mensagem de política monetária da instituição, indicando uma desaceleração do corte de Juros para 0,5 ponto percentual em dezembro e o adiamento para 2018 da decisão sobre o que fazer com a meta da taxa Selic daí por diante.

    “Dissemos que, se tudo correr como o esperado, nós vemos neste momento como adequado a continuidade da flexibilização, mas com uma redução moderada no ritmo”, disse Ilan, que participou de um evento, em Vitória, do Instituto Líderes do Amanhã. “Com relação ao ano que vem, colocamos um grau de liberdade maior de ação para acompanhar o que vai acontecer com a economia.”

    Ilan dividiu o trabalho do BC em duas etapas. A primeira delas é o ciclo de redução de juro, cuja extensão continuará a ser avaliada. A segunda etapa é o que vai acontecer com o juro mais tarde. “A segunda fase, tão ou mais importante, é se vamos conseguir manter a inflação baixa com a taxa de Juros em níveis menores”, disse ele.

    Ilan relembrou que a taxa de Juros está abaixo da taxa estrutural para estimular a economia. No futuro, disse, essas duas taxas devem se reencontrar. As hipóteses possíveis são a taxa estrutural cair, a meta da taxa Selicsubir ou uma combinação desses dois movimentos.

    O presidente do BC voltou a afirmar que a aprovação da Reforma da Previdência reduziria a taxa estrutural. Questionado sobre a autonomia do BC, ele repetiu que ela já ocorre de fato, mas que no futuro seria importante que também fosse prevista em lei.

    Fonte: VALOR ECONÔMICO

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