Autor: Marcelo Ribeiro, Edna Simão e Raphael Di Cunto
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou, após reunião com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que estão programadas para a próxima semana uma série de conferências com diferentes agências de classificação de risco com o objetivo de esclarecer os motivos da decisão do governo de adiar a votação da Reforma da Previdência para 2018.
O ministro afirmou que pretende evitar eventuais rebaixamentos do rating do Brasil, em reação à decisão de Maia de iniciar a discussão sobre a reforma em plenário no dia 5 de fevereiro e a votação da proposta a partir de 19 de fevereiro. “Elas [as agências] pensam que, se não votamos agora, não votamos depois. Vamos esclarecer que há uma possibilidade concreta de votar a reforma no ano que vem”, disse Meirelles.
Em nota, a agência de classificação de risco Fitch disse que o adiamento da votação da Reforma da Previdência para fevereiro enfatiza os riscos negativos incorporados à perspectiva negativa atribuída ao rating soberano do Brasil, atualmente em “BB”.
De acordo com o texto, a “janela de oportunidade” para a uma reforma significativa antes do ciclo eleitoral de 2018 está se reduzindo. “Outros atrasos ou diluição [da reforma] representam riscos para a viabilidade do limite de gastos e estabilização da dívida no médio prazo, bem como riscos potenciais para a confiança do mercado e processo de recuperação em curso no curto prazo”, afirma.
Fonte: Valor Econômico