O Banco Central confirmou que possui 2.928 cargos vagos em sua estrutura, segundo dados de janeiro de 2021. O banco não promove concurso Bacen desde 2013 e ressaltou a necessidade de um novo certame, urgentemente.
Concurso Bacen: vagas solicitadas
De acordo com o Banco Central, dos 2.928 cargos vagos, 2.384 são para Servidores, 408 para Técnicos e 136 para Procurador. No geral, dos 6.470 cargos previstos na Lei nº 9.650, apenas 3.545 estão ocupados no órgão.
Com isso, o Banco Central procura reverter a situação e tenta um novo concurso público para suprir o deficit.
O Ministério da Economia recebeu em 2020 um pedido para realização de um novo certame, solicitando preenchimento de 260 vagas.
Da solicitação, 30 vagas seriam para Técnicos, que pede ensino médio e tem salário inicial de R$ 7.741,31, incluindo o auxílio-alimentação de R$ 458; outras 30 vagas seriam para Procuradores, a nível superior e com salários de R$ 19.655,06.
Há ainda 200 vagas que seriam para Analistas, com exigência de nível superior em qualquer formação e que possuem salários iniciais, após aprovação, de R$ 19.655,06.
Entretanto, ainda não há pronunciamento do Ministério da Economia sobre a solicitação. Em 2019, um outro pedido com as mesmas 260 vagas foi negado pelo governo, o que preocupa servidores do Banco Central,para com um possível novo certame.
“A indisponibilidade de autorização de novos concursos públicos em face da atual situação fiscal do país”, foi apresentado pelo ministério. Por outro lado, mesmo diante da situação, o Departamento de Gestão de Pessoas do BC garantiu que a instituição está comprometida com a recomposição mínima do quadro de servidores.
Autonomia do Banco Central pode favorecer um novo concurso?
O Presidente Jair Messias Bolsonaro sancionou uma lei, em fevereiro, estabelecendo a autonomia do Banco Central , buscando blindar o órgão de pressões político-partidárias.
Isso aconteceu, porque, segundo o presidente do país, o mandado do presidente do banco é de quatro anos, o que não coincide com o da presidência da República.
Entretanto, a Assessoria de Imprensa do Banco Central explicou que o projeto de lei sancionado não trata da gestão de carreiras e não propõe a abertura de concursos sem autorização do Poder Executivo. Então, mesmo com autonomia, o Bacen precisa de aval do Ministério da Economia para novos concursos.
“O BC continuará fazendo parte do Executivo Federal para todos os efeitos administrativos, inclusive integrando todos os seus sistemas. A gestão orçamentária do BC continuará vinculada à Administração Federal, bem como a análise de pedidos de reposição de seu quadro funcional”, explicou o banco.
“Infelizmente a autonomia só trará tranquilidade ao mercado. Não tratará de autonomia administrativa, financeira de que tanto precisamos para dar condições de trabalho e garantir recursos para a manutenção do quadro de pessoal”, completou o presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), Sergio Belsito.
“Mas, não é isso que o Governo Federal quer. Querem beneficiar o mercado e não os servidores públicos. Isso é uma fraude à sociedade”, encerrou.
Fonte: Nova Concursos