Edição 1231 DE 04/02/2022

Reunião sobre reestruturação no BC avança em questões funcionais, mas não em reajuste

O SINAL esteve novamente reunido com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e a diretora de Administração (Dirad) do Banco Central, Carolina Barros, e suas respectivas equipes, para tratar da pauta de reivindicações acerca da reestruturação da carreira e reposição salarial. O SinTBacen e a ANBCB também estiverem presentes.

Não houve avanços na questão salarial, embora os diretores tenham se mostrado favoráveis às demandas funcionais como a designação da carreira como essencial e exclusiva de Estado; nova nomenclatura (Auditor) para os Analistas; modernização de atribuições e prerrogativas, inclusive com proteção legal; nível superior para os Técnicos; Centrus como Previdência Complementar para os servidores da Casa; e instituição de uma taxa de supervisão.

Sobre a recomposição salarial, Campos Neto relatou que em conversas com o Executivo recebeu a informação de que não haveria reajuste para nenhuma categoria, contudo, se comprometeu a “demandar reajuste equivalente para os servidores do BC”, caso outra carreira seja beneficiada.

Na ocasião, o Sindicato externou o descontentamento com a alta defasagem dos vencimentos e com o agravamento das assimetrias frente a carreiras congêneres, e observou que declarações recentes de atores ligados ao governo apontam para a concretização do reajuste dos policiais federais. Diante do cenário, Faiad cobrou que Campos Neto seja mais incisivo na defesa de um reajuste para os servidores do BC, inclusive os celetistas reintegrados, em percentual, no mínimo, idêntico ao dos policiais federais.

Durante o encontro, a Dirad apresentou proposta manifestadamente inconstitucional ligada à produtividade. A própria Dirad admiti que, para que a proposta fosse efetivada, seria necessário o abandono da estrutura de percepção via subsídio. O presidente do Sindicato, Fábio Faiad, de pronto, rechaçou qualquer “quebra” do subsídio, em razão das ameaças jurídicas para o conjunto dos servidores e as repercussões negativas para os aposentados. É importante salientar que no entendimento do Sindicato, tais medidas só estimulam o divisionismo dentro da categoria.

Nova reunião deve ocorrer com o Depes e BC na próxima semana, com o objetivo de alinhar os pontos não salariais discutidos e os próximos passos do trabalho pela reestruturação de carreira.

Mobilização

Diante do cenário, está mantida a mobilização na próxima quarta-feira, 9 de fevereiro. Cruzaremos os braços por quatro horas, conforme decidido em Assembleia Geral Nacional (AGN). Participe, essa luta é nossa!

Vicente Fialkoski
Presidente do Conselho Regional
Seção Regional Brasília

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