Luta que segue

Há dois anos a chapa Muda Sinal apresentou como bandeiras principais em sua campanha a busca da renovação, transparência e centralidade para as pautas sindicais caras aos servidores do BCB, tais como a Paridade, o reajuste do subsídio e a defesa do PASBC.

Neste momento vivíamos o cenário perverso de congelamento salarial, reajuste no PASBC, ausência de concursos, com a consequente sobrecarga sobre os servidores e, em paralelo, a busca de novas formas de organização que aproximassem mais o Sindicato dos servidores e ampliassem a sua participação em nossas campanhas.

Em paralelo, grande parte das mudanças trazidas pela pandemia, tratadas como passageiras até então, se transformaram no “novo normal”, impondo novas formas de organização que vieram para ficar.

Foi nesta realidade que o Sinal buscou se reinventar.

O Grupo de Trabalho dedicado ao Pasbc, com a participação dos representantes dos servidores no Comitê Gestor, passou a ser uma prioridade do Sindicato, chegando a reunir mais de 100 colegas simultaneamente para debater as melhorias necessárias no Programa de Saúde. A sua consolidação e crescimento acabou por estender essa iniciativa da regional São Paulo para uma atividade nacional.

A assessoria jurídica do Sindicato manteve a opção de consultas por videoconferências, mesmo com a volta do trabalho presencial, alcançando uma expressiva ampliação no número de atendimentos. Além disso, passamos a oferecer um novo serviço jurídico aos filiados, que é o apoio integral jurídico aos servidores acometidos por questões médicas graves.

A gestão financeira do Sinal/SP, por sua vez, buscou valorizar as contribuições dos filiados, cortando gastos desnecessários com a estrutura da entidade, sem diminuir em nada os serviços prestados, ampliando os gastos com a ação sindical a exemplo da mudança do plano de saúde dos funcionários e do contrato de telefonia. Dessa forma, a atual gestão obteve um superávit superior a R$400 mil reais. O maior já acumulado em toda a história do Sindicato.

Essa economia permitiu que mais de R$200.000,00 estejam aprovados para a reforma da sede do Sindicato, com a criação do Espaço dos Filiados, disponível para reserva pelos colegas, equipado para sediar lançamentos de livros, exposições, shows, coquetéis, cursos e encontros em geral.

Buscamos atender a demanda de muitos filiados de melhorar a qualidade dos brindes, investindo para melhorar a qualidade das lembranças e ofertar mais opções.

Em parceria com outras entidades representativas dos servidores públicos federais, participamos ativamente da mobilização vitoriosa contra a Reforma Administrativa. Seja contribuindo financeiramente para a produção de materiais do FONACATE, seja participando dos atos em Brasília e no aeroporto de Congonhas, quando dialogávamos com parlamentares sobre as ameaças ao serviço público de qualidade contidas no projeto.

Construímos, em conjunto com a direção nacional e todas as outras seções regionais do Sinal, dezenas de Assembleias Gerais Nacionais durante a mobilização da greve instalada no ano passado.

Ao final desta caminhada percebemos um Sinal mais forte. Que resistiu à tempestade, ganhou novos filiados, com maior participação em nossas mobilizações e acabou com o “longo inverno” de congelamento em nossos subsídios. Culminando em eleições com participação recorde de chapas concorrentes e de eleitores participantes.

Neste último boletim, agradecemos a confiança e participação de todos os colegas. Foi um grande desafio que enfrentamos com ânimo, compromisso e resiliência.

Desejamos à nova gestão todo o sucesso nas batalhas que teremos pela frente. Quando, sem dúvida, estaremos juntos para defender o serviço público de qualidade para todos os brasileiros e a valorização da enorme contribuição dada pelos servidores do Banco Central ao nosso país.