SINAL DE ALERTA
Sinal Regional Brasília

Informativo nº 28          04 de Junho de 2009

Sindicato: Gestão em Foco

 De tempos em tempos, as concepções sobre sindicato ocupam o centro das atenções dos filiados e de parte da categoria, mesmo não filiada. Nesses momentos, a direção sindical deve também apresentar sua visão, mesmo tendo de alguma forma sido apresentada durante o período eleitoral, momento em que tais debates adquirem maior relevo.

 A singularidade da entidade sindical requer dos observadores sobre suas práticas atenção a partir de concepções próprias aplicáveis, sob risco de cometer erro de método, por ter como ponto de partida modelo impróprio, ainda que tenha pontos de tangência com entidade sindical.

 Entidade sindical é um modelo específico.  Não pode ser vista por modelos paralelos, com alguma aparente identificação. Assim, comecemos por dizer o que sindicato não é. Sindicato não é órgão público, nem clube esportivo, nem empresa privada, os quais estão subordinados a princípios próprios, não transferíveis a sindicato, embora esse possa, de modo autônomo, deles se valer. Sindicato tem natureza distinta.

 O sindicato é um ente coletivo e gestão com regras próprias, sustentada em princípios como probidade, economicidade, transparência e ética. Entidade sindical – construída sem imposto sindical, e obedecidas às leis do País – está no campo da auto-regulação, que é uma liberdade conferida a seus filiados. A gestão não pode ferir essa regulação.

 Como entidade de caráter coletivo de finalidade definida, o principal em uma entidade sindical são as suas políticas. Sindicato é voltado para a conquista à qual se junta a defesa de direitos e proteção à categoria e a filiados. Sindicato conquista direitos, essa é a sua questão primordial. Esse é o ponto central da entidade; a gestão, observados os princípios que a mantém, deve ser vista para essa finalidade e não como finalidade em si mesma. Disso decorre que quaisquer críticas à gestão do sindicato, baseadas nos conceitos e experiências de órgão público, de clube esportivo ou de empresa privada não são aceitáveis.
 
 Sindicato é um ente político, e vale insistir, que faz política, que decide pela política. Política de interesse coletivo. Direção e equipe precisam ter afinidades de pensamento político. A direção sindical, eleita para cumprir com a perspectiva que o processo eleitoral determinou, tem a liberdade e a obrigação de montar a sua equipe de trabalho, segundo critérios que lhe são próprios. A direção eleita tem a responsabilidade e o poder de gestão; os critérios da direção eleita, observados os princípios de probidade, economicidade, transparência e ética, não estão subordinados (contribuição construtiva, de outro lado, são muito bem vindas) aos critérios e juízo de pessoas isoladamente; as políticas da entidade, sim.

 O Sinal – DF é parte integrante de um sindicato de extensão nacional e com a direção nacional da entidade está integrado. O Presidente Regional é Diretor Nacional de Relações Externas. Uma conquista para o Sinal – DF, justo e merecido para o Sinal – DF que há algum tempo superou a dicotomia regional versus nacional de triste memória.

 Integrar as práticas e pensamento do Sinal – DF com a direção nacional é uma atitude madura que só produz resultados positivos para toda a categoria. Integrar políticas passa pela integração de pessoas e respectivas competências.

 Além disso, a formação da equipe deve levar em consideração a conjuntura política na qual estão inseridas as ações do Sindicato. Uma conjuntura que tem determinadas dificuldades, oportunidades e necessidades da categoria a serem atendidas.   

 Vê-se, assim, que a formação da equipe de trabalho passa por um processo com razoável complexidade. Leva em consideração a compreensão da natureza da entidade sindical, a necessidade de articular as ações sindicais regional e nacional, e ainda em compatibilidade com os desafios que a conjuntura apresenta. É da exclusiva liberdade da direção sindical montar a sua equipe e cumprir com sua obrigação nesse contexto. Competência que se demonstra com trabalho.

 Dirigir entidade sindical requer iniciativa, determinação, capacidade política e montagem de boa equipe. Seus dirigentes devem ser julgados pelas políticas que desenvolvem e pela conduta que demonstram, segundo os conceitos e princípios próprios para entidade sindical.

 Finalmente, no  momento em que estamos completando um mês da nossa gestão gostaríamos de reafirmar ao nosso quadro de filiados nossos compromissos de campanha que, tenham a certeza, serão todos cumpridos.

Conselho Regional de Brasília