Evandro Éboli
BRASÍLIA – O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, afirmou na manhã desta quarta-feira, em Brasília, que, no ato previsto para amanhã, será levantada também a bandeira da realização do plebiscito sobre reforma política ainda este ano. Ontem, os líderes partidários enterraram qualquer possibilidade de consulta popular sobre o tema neste 2013.
– O Congresso Nacional não ouviu a voz do povo. O povo quer ser ouvido sobre a reforma política agora. Vamos dizer amanhã (quinta) nos atos que a ideia conservadora prevaleceu entre os políticos, que impediram o povo de falar. Isso é conchavo – disse Vagner Freitas.
O dirigente da CUT disse também que, além das manifestações amanhã em todo o país, haverá greve em vários locais. Será desde cedo e atingirá serviços essenciais, como o transporte. Mas essas paralisações se estenderão somente até as 12h, horário marcado para começar os atos públicos.
– Faremos greve e grandes atos com os movimentos sociais. Essas marchas que foram para as ruas recentemente têm muito das nossas reivindicações. Além de melhoria na saúde, educação, transporte e outros serviços, queremos também o fim do fator previdenciário e impedir a redução de salário quando houver redução de jornada de trabalho. Além de aprovação do projeto que taxa as grandes fortunas. Trabalhador é cidadão tanto quanto os que foram às ruas do país – disse Freitas.
Como parte do protesto amanhã, as centrais sindicais decidiram fechar por um período um trecho da rodovia Anchieta, em São Paulo. Além da CUT, outras sete centrais organizam a manifestação desta quinta.
O presidente da CUT disse ainda que a presidente Dilma Rousseff não atendeu à pauta apresentada pela central, encaminhada dia 6 de março. Ali constam o fim do fator previdenciário, entre outras reivindicações.
Fonte: O Globo