Os técnicos do Banco CENTRAL (BC) anunciaram uma greve de 24 horas nesta quarta-feira. De acordo com o presidente do Sindicato Nacional dos Técnicos do Banco CENTRAL (SinTBacen), Willekens Brasil, a greve é nacional e pode afetar as áreas responsáveis pela segurança e pelo dinheiro em circulação. São 560 funcionários que devem parar.
A demanda dos grevistas, segundo Brasil, é a modernização da carreira, o que passaria pela exigência de curso superior para ingresso na carreira de técnico próximos concursos. Por ora, diz ele, não haveria demanda por reajuste salarial.
Brasil aponta que o BC foi notificado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) sobre o desvio de função, já que técnicos estão sendo alocados para cumprir funções da carreira de analista.
Por meio de sua assessoria de imprensa o BC disse que não comentaria nem a greve nem essa notificação do TCU.
Segundo Brasil, esses desvios de função seriam reflexo do enxugamento do quadro de funcionários do BC. A lei estabelece um quadro de pessoal de 6.470 servidores, mas no fim de 2013 existiriam 2.467 vagas não preenchidas, nas carreiras de analistas, técnicos e procuradores.
Reportagem do Valor publicada anteontem abordou essa questão. Questionado se o déficit de pessoal estaria afetando as atividades, o BC disse por meio da assessoria de imprensa, que “a gestão tem buscado racionalizar a alocação de recursos humanos de sorte a não comprometer a continuidade das atividades essenciais”.
De acordo com o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco CENTRAL (Sinal), está prevista uma audiência pública no dia 10 de junho na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados para tratar desse esvaziamento do quadro dos funcionários do BC.
Fonte: Valor Econômico