A aposentadoria do ministro Joaquim Barbosa antecipa a mudança na presidência do Supremo Tribunal Federal – que será exercida, a partir do fim de junho, pelo ministro Ricardo Lewandowski – e abre a possibilidade de a presidente Dilma Rousseff fazer sua quinta indicação para o STF.
Com isso, nas eleições o Supremo será comandado por Lewandowski, um ministro com quem o Planalto mantém boas relações. Ele foi consultado antes das últimas nomeações feitas por Dilma para os tribunais superiores, um privilégio raro.
A saída de Barbosa foi motivada pelo cansaço, por dores na coluna e pelo descontentamento com a rotina na Corte. Preciso de descanso , disse. Ele nega que tenha planos de entrar na política, mas a saída do STF deve levar partidos a procurá-lo. Caso Dilma não seja reeleita, ele poderá ser convidado a ser ministro, provavelmente da Justiça, em eventual presidência de Aécio Neves ou Eduardo Campos. Ou poderia se candidatar ao Senado em 2018, pelo Rio de Janeiro.
Fonte: Valor Econômico