Davos – A diretora-gerente do FMI, Chistine Lagarde, deu apoio ontem ao programa de ajuste da economia brasileira conduzido pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Depois de uma reunião a portas fechadas com o ministro, Lagarde disse que Levy é “um profissional competente” e que “tem credibilidade” para fazer as mudanças que o país exige.
Lagarde se disse “encantada” por Levy ter sido funcionário do FMI, lembrando que ele trabalhou como técnico da instituição nos anos 1990. O encontro ocorreu durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, cidade turística encravada nos Alpes Suíços.
Ainda ontem, Joaquim Levy participou de almoço com presidentes de bancos centrais, que ocorre todos os anos à margem do Fórum. O presidente do Banco CENTRAL brasileiro, ALEXANDRE TOMBINI, já chegou a Davos, depois de presidir, na quarta-feira, a reunião do Comitê depolítica monetária (Copom) que decidiu elevar a taxa básica de juros (Selic) para 12,50% ao ano.
Hoje, TOMBINI terá uma série de reuniões. Uma delas será com o secretário de Tesouro dos Estados Unidos, Jack Lew. O presidente do BC fará ainda palestra, durante um almoço com investidores, sobre as perspectivas econômicas da América Latina. Também deverão participar do evento o ministro de Finanças da Colômbia, Mauricio Cárdenas, e o presidente do Banco CENTRAL do México, Augustin Carstens.
Chicago boys
Enquanto a equipe econômica está em Davos tentando convencer investidores a melhorar a avaliação sobre o Brasil, em La Paz, onde foi acompanhar a terceira posse do presidente Evo Morales no cargo, a presidente Dilma Rousseff teve de ouvir críticas aos economistas de tendência liberal, como Joaquim Levy. Na Bolívia não mandam os chicago boys”, disse Morales, em discurso. “Aqui não mandam os gringos, mandam os índios. Levy é PhD pela Universidade de Chicago, um conhecido reduto do pensamento liberal.
Fonte: Correio Braziliense