Por De São Paulo
Uma redução no consumo de energia de 10% em um período de 12 meses pode tirar entre 0,7 e 1,5 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. No mesmo intervalo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) pode superar 8% e a taxa de desemprego subir a 6,5%. As estimativas são do Banco UBS, que prevê crescimento econômico próximo de zero em 2015.
Em relatório distribuído a clientes, a instituição diz que um racionamento colocaria sua previsão para a Selic, hoje em 13%, em viés de alta, e teria potencial para levar o dólar a R$ 2,90. O maior impacto sobre o PIB ocorreria nos dois primeiros trimestres, diz o Banco.
Um racionamento de água no Sudeste, contudo, poderia ampliar o efeito da queda compulsória no consumo de energia, lembra o UBS, com potencial maior sobre agricultura, em especial a irrigada, e alguns serviços, como alimentação e hospitais. Do lado da demanda, o investimento tenderia a ser o mais afetado, com uma queda de 11%, enquanto o consumo privado recuaria 1,5%.
Fonte: Valor Econômico