Bruno Peres e Vandson Lima De Brasília
O Palácio do Planalto irá apoiar uma mobilização popular agendada para 12 de março, para pressionar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes a concluir o julgamento sobre financiamento empresarial de campanhas eleitorais.
A tendência da conclusão da análise do processo, interrompida em abril de 2014, quando Gilmar Mendes pediu vistas do processo, é pela proibição da prática.
O movimento acontece no momento em que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acelera a tramitação de uma reforma política radicalmente diferente. A proposta defendida por Cunha não trata entre outros pontos do financiamento eleitoral privado, questão central da defesa feita pela presidente Dilma Rousseff, para quem o financiamento privado é a “origem” da corrupção.
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, tem chamado para conversas no Planalto diferentes movimentos defensores da reforma política.
Hoje, o ministro se reúne com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Na última semana, Rossetto já esteve no Rio de Janeiro com União Nacional dos Estudantes (UNE), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e outros representantes da sociedade civil que propõem debater o sistema político e eleitoral.
Fonte: Valor Econômico