Edição 521 - 12/11/2015

Por que não somos chamados para a mesa?


Sinal-DF Informa de 12/11/2015

http://www.sinal.org.br/brasilia/imagens/SDFI_12_11_2015_IMG_01.jpg

Trinta de novembro é o prazo negociado com o congresso para encaminhar os projetos com o reajuste salarial dos servidores públicos. Com o acordo da AGU fechado, agora a principal preocupação do governo é a Receita e os Delegados da Polícia Federal. De resto, o governo se fechou em copas e não fala com ninguém, parece que o Banco Central não preocupa, ou não se faz preocupar. Dizem por aí, que o Ministro Nelson Barbosa está estudando uma proposta para as carreiras de estado que consiste na concessão de uma parcela variável somente para os ativos, como foi fechado com os procuradores.

O objetivo da proposta é manter nos quadros os servidores que já podem se aposentar e sairiam com o fim do abono permanência.

Será? Pegaríamos este bonde ou só a Receita e Delegados estariam preocupando o governo? Por que o especialista do Banco Central não tem o mesmo tratamento?

Um dos problemas é o BC não conseguir descolar do ciclo de gestão e financeiro, fazendo papel da locomotiva nesse grupo. A Receita “descola” porque se põe como principal responsável pela Política Fiscal. Nós não somos ciclo de gestão, nem ciclo financeiro: somos responsáveis pela Política Monetária do Brasil e pela Estabilidade do Sistema Financeiro, será que o governo não percebe a importância dessas tarefas?

A inflação voltou a ameaçar os ganhos obtidos pela estabilização nos últimos anos, mais de 30 milhões de brasileiros já voltaram à pobreza em função disso. É preciso mostrar à sociedade, ao Congresso e ao governo a importância de um BC autônomo. A autonomia deveria vir acompanhada de uma remuneração que consiga atrair e manter um quadro de excelência.

O que foi proposto para carreiras de Estado do Fórum de Advocacia – advogados da União, procuradores e promotores, ligados a Anajur, Anpaf, Anprev, APBC, Sinprofaz e Unafe

» Reajuste – 21,3% de aumento dividido em quatro anos – 5,5% em agosto de 2016, 5% em janeiro de 2017, 4,75% em janeiro de 2018 e 4,5 em janeiro de 2019

» Pagamento de honorários advocatícios – ganho extra, proporcional ao valor das causas ganhas para a União, a partir de 2017. Em 2016, os servidores receberão R$ 3 mil mensais, que representam o rateio do valor equivalente às causas ganhas neste ano.

Aumento no valor de benefícios – Valores propostos:

Auxílio-alimentação – R$ 458

Assistência à saúde – R$ 145

Assistência pré-escolar – R$ 321

» Liberação para o exercício de advocacia privada – Cai a necessidade de exclusividade para o exercício do serviço público.

» Criação de Plano Especial de cargos para apoio aos membros da AGU – Reivindicação antiga da categoria, que se ressente da falta de auxiliares. Problema que não existe no BCB, já que, na prática, analistas e técnicos se tornaram auxiliares da PGBC.

Precisamos estar em alerta e nos mobilizarmos, pois o jantar está sendo servido em nossa própria casa, sem que tenhamos sido convidados…

Rita Girão Guimarães
Presidente do Conselho Regional do Sinal
Seção Regional Brasília

1.528 filiados em Brasília

Edições Anteriores
Matéria anteriorEstá chegando a hora
Matéria seguinteConvocatória Reunião Extraordinária do CR em 16/11/2015