A última chance de Barbosa

    Técnicos do governo traçam para o novo ministro um quadro de economia em colapso. A perspectiva é de que o chefe da Fazenda amenize algumas das medidas tomadas por Levy. Tarifas públicas vão subir e gastos com servidores, diminuir

    Os 12 trabalhos fiscais

     O que o ministro da Fazenda que toma posse do cargo hoje

    considera fundamental para reequilibrar as finanças do governo

     1) Diminuir perdas fiscais com preços regulados, especialmente de energia e de combustíveis

    2) Continuar a reduzir gastos com a folha de pagamento da União em relação ao PIB

    3) Estabilizar os gastos com transferências de renda em relação do PIB

    4) Continuar a aumentar o gasto público real per capita com educação e saúde

    5) Reduzir gasto com custeio não prioritário em relação ao PIB,

    com melhora de gestão e investimento em

    tecnologia

    6) Aumentar investimento público em transporte urbano e inclusão digital

    7) Reduzir custo fiscal dos empréstimos da União aos bancos públicos

    8) Propor solução para as dívidas dos estados e municípios sem comprometer o equilíbrio fiscal

    9) Realizar reforma do PIS-Cofins sem perda de receita

    10) Completar reforma do ICMS sem redução do resultado primário

    11) Aperfeiçoar e criar uma “saída suave” do Supersimples

    12) Aumentar ainda mais a transparência do “gasto tributário” federal

     

    Fonte: Documento Principais Desafios Macroeconômicos de 2015-18 apresentado por Nelson Barbosa em 15 de setembro de 2014, na Fundação Getulio Vargas (FGV)

     

     

    Pedaladas em discussão

    O novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, conversou ontem com os presidentes dos bancos públicos para definir como será o cronograma de pagamentos das pedaladas fiscais, que chegam a R$ 57 bilhões. Por telefone, ele falou com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, e com a presidente da Caixa Econômica Federal, Míriam Belchior. Na sede doMinistério do Planejamento, ele recebeu a visita do presidente do Banco do Brasil, Alexandre Corrêa Abreu. Enquanto Joaquim Levy estava na pasta, ele defendia o pagamento dos atrasados para bancos públicos de uma só vez, e o parcelamento de recursos devidos para o FGTS. Barbosa, entretanto, ainda não decidiu como quitará o passivo.

     

    Fonte: Correio Braziliense

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