Ajuda para o superavit

    Redação

    O ministro da Fazenda, Guido Mantega, considerou o leilão de Libra, realizado ontem no Rio, “um sucesso” e rejeitou decepção com a ausência de ágio na oferta vencedora. “Foi o maior leilão do gênero que já tivemos no país. O governo também não ficou triste como o lance vitorioso, porque é 41,5% dos lucros obtidos com a exploração de um bolo grande”, comentou.

    Ele afirmou também esperar que o pagamento ao governo de R$ 15 bilhões em bônus de assinatura pelo consórcio vencedor do leilão de Libra transcorra de “forma normal” até o início de dezembro. A previsão da Agência Nacional do Petróleo (ANP) é que o contrato de exploração seja assinado dentro de um mês, numa cerimônia em Brasília. O ministro acredita que cerca de US$ 4 bilhões ingressem no país em virtude do certame, sem gerar preocupações com sua conversão em reais, apesar da recente desvalorização do dólar.

    Denis Besset, diretor geral no Brasil da francesa Total, com 20% no consórcio, informou que trará recursos de fora do país para pagar sua parcela no bônus do leilão. André Araújo, presidente da anglo-holandesa Shell, também com 20% do grupo, ressaltou contudo que usará recursos próprios para arcar com a obrigação. As chinesas CNOOC e CNPC, com 10% cada, não têm operação no país e deverão buscar recursos de suas matrizes.

    Sigilo

    Mantega preferiu não afirmar se a Petrobras trará recursos de fora para pagar os R$ 6 bilhões devidos, em razão de sua parcela de 40% no leilão. “Isso é uma informação sigilosa”, brincou o ministro. Segundo ele, a produção de petróleo em Libra, somada a dos demais poços do pré-sal, acabará por representar um excedente a ser exportado, favorecendo a balança comercial.

    O ministro da Fazenda também informou que o governo não cogita alterar o modelo de leilão, pois o julga adequado. “Nada impede, contudo, que os modelos possam ser aperfeiçoados, embora não esteja sendo cogitada nenhuma mudança”, sinalizou.

     

    Fonte: Correio Braziliense

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