Apenas 3,4% dos brasileiros aprovam governo, diz pesquisa

    TEMER SUPERA REJEIÇÃO DE DILMA E TEM PIOR AVALIAÇÃO DA SÉRIE HISTÓRICA

    Autor: EDUARDO BARRETTO eduardo@bsb.oglobo.com.br

    -BRASÍLIA- O governo Michel Temer tem a pior avaliação da série histórica da pesquisa feita pelo Instituto MDA, encomendada pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT). Divulgada desde 1998, a pesquisa de ontem aponta que apenas 3,4% dos brasileiros julgam a administração do peemedebista positiva – contra 10% da pesquisa anterior, feita em fevereiro, antes de vir à tona a delação da JBS. Os brasileiros que desaprovam o governo correspondem a 75%, ante 44% do último levantamento. E os que consideram o governo regular são 18%, contra 39% em fevereiro. A margem de erro é de 2,2 pontos.

    Com essa avaliação, Temer supera a desaprovação ao governo da ex-presidente Dilma Rousseff de julho de 2015, quando 71% dos entrevistados disseram estar descontentes com a gestão da petista.

    Cerca de 2 mil pessoas foram entrevistadas no período entre os dias 13 e 16 deste mês, em 137 municípios de cinco regiões. A avaliação pessoal do presidente Temer também bateu o nível mais baixo da série, iniciada em 2011: 84% dos entrevistados desaprovam Temer. Em fevereiro, eram 62%. A segunda pior marca agora também é de Dilma, de outubro de 2015, quando foi pessoalmente desaprovada por 81%.

    O índice de reprovação a Temer vem crescendo desde sua posse. Em junho do ano passado – após o impeachment de Dilma -, eram 40% os que não gostavam do presidente. Depois, o índice subiu para 51%, 62% e, agora, está em 84%.

    SEM MANIFESTAÇÕES

    A aprovação caiu, no ano passado, de 34%, em junho, para 32% em outubro. Neste ano, em seguida, teve redução para 24% em fevereiro e, por fim, para 10% neste mês de setembro. A despeito da reprovação recorde, 67,7% dos entrevistados disseram que não pretendem protestar pela saída do peemedebista. Quando foram perguntados por que as manifestações contra Temer diminuíram, 50,3% responderam que perderam a esperança com os atuais políticos

    Fonte: O Globo

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