BACEN entra com pedido de 230 vagas para evitar desfalque

    Pedido de vagas para procurado e analista já foi encaminhado ao Ministério do Planejamento e objetiva evitar defasagem de pessoal.

    Banco Central (Bacen) foi um dos órgãos a protocolar pedido de vagas junto ao Ministério do Planejamento. A solicitação conta com 230 vagas para procurador e analista. A instituição pretende, com isso, evitar a defasagem de pessoal.

    Uma solicitação anterior, com 900 vagas, havia sido encaminhada à Pasta, mas, não foi atendida. Por isso, o órgão fez novo pedido, dessa vez, com número reduzido de postos. Entretanto, segue sem previsão de edital, pois, ainda aguarda autorização.

    Do total de vagas, 30 seguem para procurador e 200 para analista. As duas carreiras exigem formação de nível superior, sendo específica em Direito para a primeira. Além da escolaridade, o procurador deve ter o mínimo de dois anos de prática forense e registro na OAB.

    A remuneração inicial para analista é de R$ 17.391,64 e R$ 19.665,67 para procurador, incluindo o auxílio-alimentação de R$ 458,00.

    Risco de defasagem

    O novo concurso público almejado pelo Bacen tem como objetivo evitar a defasagem de seu quadro funcional. E a preocupação tem fundamento. Na seleção de 1997, foram ofertadas 500 vagas e, dos aprovados, cerca de 50% já estão em condições de se aposentar.

    Atualmente, a instituição conta com 3.917 profissionais e já apresenta déficit de 2.553 servidores em seu quadro. Para se ter uma ideia, há 500 técnicos do Bacen em atividade, quando a permissão é de 800 postos.

    A gravidade da situação já foi mencionada pelo presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), Dario Piffer. Segundo ele, o banco não consegue atender toda a demanda com a mão-de-obra atual. A área mais prejudicada é a de fiscalização, pois, o Bacen tem priorizado demandas consideradas como mais importantes.

    Felizmente, a realização do Concurso Bacen 2018 é uma das prioridades do governo, conforme informado pelo Ministro do Planejamento, Esteves Colnago.

    Autonomia para concursos

    O Projeto de Lei n. 200/1989 trata sobre a autonomia orçamentária do Banco Central e foi uma das pautas de reunião realizada em maio entre Colnago e o presidente do Senado, Eunício Oliveira. O PL aguarda relator na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da CLDF.

    Se aprovado, o projeto traria autonomia financeira e orçamentária do Bacen, o que inclui a realização de concursos públicos. Com isso, a instituição não precisaria de aval por parte do Planejamento para lançar novas seleções.

    Últimos concursos

    As últimas seleções foram lançadas pelo Banco Central em 2013. Uma delas foi o concurso público organizado pelo Cespe/Unb (Cebraspe) que trouxe a oferta de 500 vagas, sendo 100 para técnico e 400 para analista.

    Na primeira carreira, as oportunidades foram distribuídas entre as áreas de segurança institucional e suporte técnico-administrativo. No cargo de analista, as vagas foram destinadas às áreas de suporte à infraestrutura de TI, análise e desenvolvimento de sistemas, contabilidade e finanças, política econômica e monetária, gestão e análise processual, além de infraestrutura e logística.

    A seleção dos candidatos deu-se por meio de provas objetivas, discursivas e de títulos (para analista). Em seguida, os aprovados foram matriculados no programa de capacitação para lotação nas cidades de Belém, Brasília, Salvador, São Paulo e Porto Alegre.

    A outra seleção lançada no mesmo ano foi para 15 vagas na carreira de procurador. A lotação dos aprovados foi para Belém e Brasília. Também sob a organização do Cebraspe, os participantes passaram por provas objetivas, inscrição definitiva, provas discursivas, oral e de títulos.

    Mais detalhes sobre o Concurso Bacen aqui.

    Fonte: Edital Concurso Brasil

    Matéria anteriorBanco Central luta contra esvaziamento de profissionais
    Matéria seguinteParlamentares se articulam e conseguem impedir desmembramento do Ipea