Balança comercial desafia o desenvolvimento

    da redação

    O desenvolvimento mais acelerado da indústria de autopeças deve acontecer somente após o governo anunciar o aguardado pacote de regras para incentivo ao desenvolvimento do setor (o chamado Inovar Autopeças). A confecção do programa, que deverá complementar o Inovar Auto, em vigor desde o ano passado, é conduzido pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Na segunda quinzena de janeiro, a pasta admitiu ao setor automotivo uma ampliação dos esforços para acelerar a formatação do pacote, considerado estratégico e emergencial para dar um novo equilíbrio à balança comercial, que em janeiro último registrou o pior saldo desde1994. Segundo o MDIC, as importações brasileiras superaram as exportações em US$ 4,057 bilhões, puxadas por bens de consumo (8,8%), bens de capital (7,1%) e matérias-primas e intermediários (3,2%) na comparação com dezembro de 2013.

    Em seu último relatório, o Sindicato das Indústrias de Autopeças (Sindipeças) reforçou a preocupação com o desequilíbrio. “A balança comercial de autopeças acumulou déficit de US$ 9,36 bilhões, 62,2% maior que o registrado em igual período do ano anterior. As exportações, para 183 países, somaram US$ 9,16 bilhões, com queda de 6,2%. As importações cresceram 19,2% e chegaram a US$18,53 bilhões, vindas de 163 diferentes mercados”, apontou a entidade, segundo números válidos de janeiro e novembro do ano passado. Em função das discussões ligadas ao Inovar Autopeças, o Sindipeças não tem se pronunciado. “O presidente aguarda uma definição das discussões para avaliar essas questões”, explicou uma fonte do sindicato.

    O que permeia toda a discussão é a questão da rastreabilidade dos componentes, que encareceria ainda mais a produção nacional de autopeças. A contrapartida pode vir na forma de isenção de tributos.

     

    Fonte: Brasil Econômico

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