Os bancos planejam estipular um prazo máximo de 30 dias para que os clientes fiquem no Cheque especial. Após esse período, terão de oferecer alternativas de crédito mais baratas, segundo fonte próxima às discussões.
De acordo com esse interlocutor, a expectativa é que o projeto de autorregulação sobre o assunto, que está sendo elaborado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), seja concluído por volta do dia 15.
Após os 30 dias, os bancos terão de oferecer opções de crédito mais baratas para o cliente. A migração dos clientes para essas linhas será voluntária, mas a oferta será obrigatória.
Desde o início do ano, havia um consenso entre os bancos em relação às linhas gerais sobre as mudanças no Cheque especial. Um dos últimos pontos era definir o prazo máximo pelo qual o cliente poderá permanecer nessa linha antes de ser abordado pelas Instituições Financeiras.
Algumas defendiam os 30 dias, mas outras preferiam um período um pouco mais longo, de 40 dias. O Cheque especial é uma das linhas mais lucrativas para os bancos – a taxa era de 324,7% em janeiro, segundo o Banco Central (BC).
As próprias Instituições Financeiras reconhecem que o uso do Cheque especial é atrativo para elas até determinado ponto, mas se torna um problema quando a dívida se torna impagável. A medida de autorregulação do setor é uma resposta ao pedido do Banco Central para que os bancos encontrassem formas de reduzir o spread bancário.
Fonte: VALOR ECONÔMICO