Ferramenta ajuda a reconhecer notas falsas; banco apresentou ainda nova versão do ‘Câmbio Legal’, que permite a comparação de taxas
O aplicativo “Dinheiro Brasi-leiro”foi criado, segundo o Banco CENTRAL,parafacilitaro reconhecimento das cédulas. O objetivo é que estrangeiros e brasileiros se protejam e evitem receber cédulas falsificadas. Para isso, o usuário posiciona o dispositivo móvel – smartphone ou tablet – sobre a cédula e o aplicativo identifica a nota por comparação de imagem. Quando isso ocorrer, o programa indicará os elementos de segurança que devem ser observados – como marca d”água, faixa holográfica, alto-relevo, entre outros.
“O objetivo é facilitar para que a própria população consi-gaconferir odinheiro”, afirmou o chefe do Departamento de Meio Circulante do BancoCENTRAL, João Sidney Figueiredo Filho. Segundo ele, o aplicativo não tem a capacidade e a finalidade de verificar automaticamente a autenticidade da nota. A ferramenta fornece as informações para que o próprio usuário verifique a cédula.
Segundo o Banco CENTRAL, quem suspeitar que está diante umanotafalsapode se recusar a recebê-la. Caso já tenha a nota em mãos,a recomendação é que o dinheiro suspeito seja apresentado a uma agência bancária, que se encarregará de encaminhá-lo para análise pelo BancoCENTRAL. As notas falsas, entretanto, não são trocadas pelo BC.
Troca. A segunda versão do aplicativo “Câmbio Legal”, também lançada ontem, permite que o usuário compare as cotações nas casas de câmbio mais próximas. A primeira versão do programa já indicava pontos de compra e venda de moeda estrangeira, além de horário de funcionamento e contato das instituições.
A novidade divulgada ontem é que o usuário conseguirá ver as últimas cotações nas casas de câmbio e o Valor Efetivo Total (VET) cobrado no mês anterior. “É uma forma de o usuário comparar incluindo as tarifas adicionais”, disse o chefe adjunto do departamento de Regulação Prudencial e Cambial do BC,Augusto Ornelas Filho. “Hoje quem querfazer operações de câmbio tem de ligar para várias instituições”,afirmou. O aplicativo conta com 13 mil instituições cadastradas e mais de 10 mil caixas eletrônicos que permitem o saque em moeda local.
Outras novidades da segunda versão do aplicativo são a conversão de moedas e uma consulta ao histórico de taxas de câmbio, inclusive com gráficos. Antes, essas possibilidades só estavam disponíveis no site do Banco CENTRAL nainternet. Além disso, há um guia de câmbio com informações gerais sobre esse tipo de operação.
Questionado sobre a data de lançamento do aplicativo, o chefe do Departamento de Meio Circulante do BC João Sidney Figueiredo Filho, afirmou: “Estamos no tempo, a Copa começa amanhã”.
PARA ENTENDER
A segunda versão do aplicativo “Câmbio Legal” é um avanço em relação à anterior porque permite a comparação entre as taxas oferecidas pelas casas de câmbio. O programa peca, entretanto, por não ter informações em tempo real. A comparação é feita por meio do Valor Efetivo Total (VET) cobrado no mês anterior pelas instituições. Esse valor inclui a taxa de câmbio em si, além do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e as tarifas eventualmente cobradas numa operação de câmbio. Por isso, o VET é de fato a melhor forma de comparar o valor pago pelas pessoas às instituições, mas o aplicativo não informa a taxa que será encontrada no momento da consulta.
“Sem dúvida, essa seria uma alternativa interessante para o futuro, mas não temos ainda elementos para saber se será viável ou não”, disse o chefe adjunto do departamento de Regulação Prudencial e Cambial do BC, Augusto Ornelas Filho.
Fonte: O Estado de S.Paulo