BC: sindicato luta por concurso para 990 vagas

    CARÊNCIA | Déficit é de aproximadamente 2.600 servidores

    Banco quer abrir concurso para três carreiras: técnico, analista e procurador

    Daro Piffer diz que a abertura de novo concurso público é primordial

    A recomposição do quadro de pessoal do Banco Central (BC) é fundamental para o pleno funcionamento do órgão. Ciente disso, o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) sempre vem mostrando à administração do banco a importância do ingresso de novos servidores, segundo o diretor de assuntos técnicos do sindicato, Daro Piffer.

    No entanto, para poder abrir um novo concurso, o Banco Central depende da autorização do Ministério do Planejamento, o que ainda não aconteceu. Daro Piffer acredita que o aval da pasta será dado no segundo semestre, quando o orçamento da União estiver mais “estável”. No entanto, enquanto isso, a situação de pessoal só se agrava.

    Estamos em uma situação crítica, com o menor número de servidores nos últimos 20 anos. O quadro vem diminuindo mensalmente. Do concurso de 1998, por exemplo, a maioria dos que ingressaram naquele ano está prestes a deixar o o Banco Central”, lamentou. O sindicalista ainda trouxe dados sobre a atual carência de pessoal no órgão. “Pelo efetivo previsto em lei, poderíamos ter quase 6.500 concursados, mas
    o nosso quadro tem 30% a menos de servidores, cerca de 3.900 pessoas. Um novo concurso é primordial”, salientou.

    O BC encaminhou, no ano passado, uma solicitação ao Ministério do Planejamento para contratar 990 servidores. Para o cargo de técnico foram solicitadas 150 vagas. A função exige apenas o nível médio e tem remuneração inicial de R$6.882,57.

    Já no nível superior, o BC solicitou 800 vagas na carreira de analista, cujos rendimentos são de R$17.391,64, além de outras 40 para procurador (exige-se formação em Direito e dois anos de prática forense), com remuneração de R$19.665,67. Todos esses valores já incluem o auxílio-alimentação, de R$458. Os servidores do BC são contratados pelo regime estatutário, o que garante a estabilidade empregatícia.
    O último concurso do BC para essas três carreiras foi aberto em 2013. Para técnico e analista, as seleções compreenderam provas objetiva e discursiva, avaliação de títulos (apenas para analista) e programa de capacitação.

    Especificamente para técnico, a prova de Conhecimentos Básicos abrangeu Língua Portuguesa, Noções de Direito Constitucional e de Direito Administrativo, Gestão Pública, Informática e Raciocínio Lógico Quantitativo.

    Já no caso dos procuradores, a seleção abrangeu prova objetiva, inscrição definitiva, provas discursivas, prova oral, avaliação de títulos e curso de formação, além de sindicância de vida pregressa.

    Fonte: Folha Dirigida

     

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