Katherine Greifeld | Bloomberg
A alta meteórica do bitcoin e seu subsequente mergulho fez com que investidores em criptomoedas procurassem compreender os mecanismos de ajuste dos mercado. Ontem, a principal moeda digital foi negociada abaixo de US$ 10 mil após uma desvalorização de 50% desde o pico em dezembro.
Wall Street certamente tem ferramentas, mas será que elas proporcionam alguma visão para um ativo como o bitcoin? Sim, dizem alguns analistas técnicos, pessoas que estudam gráficos. Eles afirmam que, após a moeda digital ter rompido o piso de US$ 10 mil, pode recuar ainda conforme se aproxima de alguns patamares de resistência.
Rich Ross, analista da Evercore ISI, adverte que a reversão de 50% em relação ao pico histórico alcançado pela criptomoeda aumenta o risco de romper sua média móvel de 100 dias, de US$ 8.787 mil. O bitcoin chegou a cair 14% ontem para US$ 9.185 mil. A moeda atingiu um recorde de US$ 19,511 mil no mês passado.
A espantosa queda do bitcoin a partir do recorde em dezembro fez traders e estrategistas saírem em busca de explicações: de preocupações com um avanço regulatório até a retirada dos investidores chineses antes do Ano Novo Lunar, em fevereiro.
Nem todos os analistas estão pessimistas diante das perspectivas sugeridas pelo cenário técnico para o bitcoin. Patamares chave provavelmente dominarão os traders, segundo Mati Greenspan, analista sênior de mercado da eToro, negociante de moedas em Tel Aviv. “Os mercados financeiros gostam de se fixar em números redondos porque eles têm importância psicológica para os traders”, disse.
“O bitcoin não é diferente. Analistas agora buscarão identificar o próximo nível significativo de suporte, que poderá ser detectado em cerca de US$ 8 mil por unidade da moeda”, completou.
Fonte: Valor Econômico