Decreto assinado por Lula causou desconforto em membros do funcionalismo público
Por Gustavo Silva
Depois de entrar em vigor o decreto assinado por Lula que concede benefícios a funcionários da Receita Federal, servidores do Banco Central, do Tesouro Nacional e da Controladoria-Geral da União declararam repúdio à falta de isonomia entre as carreiras de Estado. Eles cobram a equiparação de tratamento. De acordo com os servidores, o governo havia acordado para o segundo semestre deste ano uma grande negociação com as categorias, para atender, por igual, às demandas.
Feitas as reclamações ao Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, sindicalistas dizem não ter sido atendidos. A maior preocupação dos concursados é de que haverá sucateamento nos órgãos, se não houver equiparação salarial. O ministério, por sua vez, alega que a concessão de aumentos aos servidores acarretaria na violação do orçamento.
Por falta de diálogo, serão feitas paralisações nos órgãos, planejadas para as próximas semanas.
No início do mês, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou o Decreto nº 11.545, o qual regulamentou o bônus de eficiência para agentes da Receita Federal. A ferramenta, agora em vigor, será administrada pelo Comitê Gestor, composto pela Receita Federal, Casa Civil e Ministérios da Fazenda e da Gestão e Inovação.
“Sabemos que estamos em um cenário de restrição, mas, com o esforço dos agentes da Receita, esse valor acompanhará os resultados positivos. É um círculo virtuoso, em que o esforço dos agentes da Receita viabiliza o saneamento das contas, com ganhos para população brasileira e para os próprios servidores”, afirmou o Secretário da Receita, Robinson Barreirinhas