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    A oferta do governo, de reajuste salarial de 21,3%, em quatro anos, foi considerada insuficiente pelos representantes dos servidores. “Com a retórica de não querer que tenhamos perdas, o governo esqueceu o passado. Esse acordo propõe apenas a inflação daqui para frente, que não sabemos se isso vai se concretizar, como as previsões feitas em 2012 não se concretizaram”, reclamou Rogério Marzola, coordenador-geral da Federação de Técnicos Administrativos das Instituições de Ensino Superior (Fasubra), que falou pelo conjunto dos servidores públicos federais. “O governo está tentando coibir greves e protestos, como fez antes. Se aceitarmos um compromisso até 2019, vai alegar que temos acordo assinado e não poderemos nos manifestar até lá.” 

    Marzola disse ainda que, além de acenar com um futuro incerto, a equipe econômica não apresentou sugestões para itens com menor impacto financeiro, como os benefícios. Os servidores também se sentiram pressionados pelo secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça. De acordo com Márcia Uchoa, vice-presidente do Sindicato Nacional dos Técnicos e Analistas da CGU e do Tesouro Nacional, a intenção foi praticamente impor os 21,3%. “Ele (o secretário) deixou claro que as discussões sobre benefícios só irão avante se aceitarmos esse percentual”, denunciou. Todas as categorias levarão os percentuais sugeridos às assembleias gerais. 

    A mesma proposta foi encaminhada pelo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowsi, que, em nota, explicou que “informou ao ministro do Planejamento que não acataria a proposta do Executivo sem antes debatê-la com representantes dos servidores”. (VB)

     

    Fonte: Correio Braziliense

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