A Câmara dos Deputados elegeu, nesta quarta-feira (7), o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) para 1º vice-presidente da Casa. O candidato foi indicado pelo PT, partido que tem direito à vaga na Mesa Diretora no biênio 2013-2014. Na votação secreta em plenário, Chinaglia obteve 343 votos favoráveis. Também houve 51 votos brancos.
Com a eleição a 1º vice-presidente, Chinaglia deixa de ser o líder do governo na Câmara, cargo que é uma indicação da presidente da República.
Em seu discurso antes da votação, Chinaglia disse que pretende exercer o novo cargo “da melhor maneira possível”. Ele declarou que sempre respeitou os parlamentares, apesar dos enfrentamentos. “Tive enfrentamentos, sempre respeitosos. As exceções, claro, só confirmam a regra”, afirmou.
Perfil
Está no exercício do 5º mandato, é médico. Líder do governo Dilma na Câmara dos Deputados, Chinaglia é um dos parlamentares mais influentes do Congresso. Foi líder do PT e líder do governo Lula na Câmara, além de presidente da Casa, quando a instituição recuperou a liderança do processo decisório no Congresso. Nos dois anos em que presidiu a Câmara foi eleito como o parlamentar mais influente do Congresso Nacional.
Foi também presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle. Teve papel destacado como crítico da política econômica do governo FHC. Nome de expressão do PT foi dirigente nacional e estadual do partido, além de secretário das Subprefeituras na gestão de Marta Suplicy, em São Paulo. É um articulador privilegiado, como demonstrou no exercício dos cargos ocupados no Legislativo e no Executivo. Relatou, entre outras matérias, a MP 497/10, sancionada como Lei 12.350, que dispõe sobre a desoneração tributária para a construção, ampliação, reforma ou modernização de estádios de futebol que serão utilizados na Copa de Futebol de 2014. Iniciou sua trajetória política no movimento estudantil e sindical, tendo sido presidente do Sindicato dos Médicos e da CUT do estado de São Paulo, além de vice-presidente da Federação Nacional dos Médicos. Debatedor qualificado é respeitado pela situação e pela oposição devido à clareza dos argumentos e firmeza na defesa de suas convicções. Relator-geral do Orçamento de 2013 compôs, em 2013, pela 16ª vez a elite do Congresso. Bom formulador destaca-se como negociador.
Renúncia
André Vargas (Sem partido-PR) abriu mão do cargo porque responde a um processo no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar por quebra de decoro parlamentar por conta de suas relações com o doleiro Alberto Youssef. O doleiro pagou um jatinho para levar Vargas e a família para passar as férias em João Pessoa (PB) no final do ano passado.
Além disso, há denúncias de que o deputado teria intercedido em favor de uma das empresas de fachada do doleiro em negócios com o Ministério da Saúde. A Polícia Federal interceptou conversas em que o doleiro cobra a atuação de Vargas e diz que a “independência financeira” dos dois dependeria do sucesso no negócio.
A carta de renúncia de Vargas ao cargo na Mesa foi oficializada no último dia 16 de abril. Ele manteve o mandato de deputado. (Com Agência Câmara)
Fonte: Diap