O economista-chefe da GO Associados, Alexandre Andrade, credita ao Projeto de Lei Orçamentária para 2016, encaminhado ao Congresso Nacional, com previsão de deficit para o próximo ano, a incapacidade da equipe econômica de ancorar as expectativas do mercado para inflação. Segundo ele, antes de o Executivo enviar a proposta, as projeções caminhavam para a meta de 4,5%, porque o Banco Central tinha retomado o ciclo de alta de juros e havia sinalização de que o ajuste fiscal sairia do papel.
Para o economista da Tendências Consultoria Sílvio Campos Neto, o fato de as expectativas para carestia ultrapassarem os dois dígitos é o símbolo maior de uma política econômica equivocada, que gerou desequilíbrios internos e externos. Neto ainda alertou que a piora na projeção para o crescimento em 2017 é um sintoma da falta de confiança de que os ajustes necessários serão realizados.
» Ajuste fiscal
A tendência, segundo o economista-chefe da GO Associados, Alexandre Andrade, é de que as projeções continuem a se deteriorar nas próximas semanas. O governo tem dificuldade de aprovar o programa mínimo de ajuste fiscal e para fazer frente as despesas obrigatórias tem como única alternativa para reequilibrar as contas públicas o aumento de receitas.
Fonte: Correio Braziliense