Corte do orçamento de 2014 foi de 14%, diz Planejamento

    Por Denise Neumann | De São Paulo

    Ministério do Planejamento, a quem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) está vinculado, informou que o contingenciamento de verbas representou uma redução de 14% no orçamento da instituição em 2014. Para 2014, a programação orçamentária do órgão passou de R$ 2,1 bilhões para R$ 1,8 bilhão (mesmo valor de 2013), segundo a nota enviada em resposta aos questionamentos do Valor. De acordo com a nota, o contingenciamento “preserva as pesquisas conjunturais com longas séries históricas”. O percentual de ajuste no orçamento do IBGE é superior ao do total de despesas federais, nas quais o contingenciamento de R$ 44 bilhões representou corte de 4,2%.

    Na nota, o Planejamento refuta a avaliação de que o adiamento da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) possa trazer prejuízos às estatísticas nacionais e pondera que a postergação é da coleta de dados da POF e não da sua divulgação ou da alteração nos pesos do IPCA. Além disso, segundo o Planejamento, o IBGE continuará trabalhando no projeto para implementar a POF Contínua, pesquisa que “permitirá o acesso a informações trimestrais sobre consumo e possibilitará estudos sobre condições de vida, atualizar mensuração da pobreza, das contas nacionais e da inflação. Com a POF Contínua, a atualização os pesos do IPCA e de diversos hábitos de consumo será atualizada anualmente, permitindo que a gestão da política monetária seja aprimorada.” A POF Contínua está nos planos do IBGE como parte da Pnad Contínua.

    Na nota, o Planejamento ainda pondera que o aumento das aposentadorias se dá em todo o governo, que tem havido preocupação com reposição do quadro de pessoal (“de 2010 a 2014 foram autorizados provimentos para 1.035 cargos”) e que não existe disparidade salarial expressiva entre os salários do IBGE e outros órgãos federais, e que entre 2003 e 2014, os ganhos salariais reais variaram de 29,5% a 246,8% para os salários iniciais da instituição.

     

    Fonte: Valor Econômico

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