Decisão e ata do Copom reduzem volatilidade do mercado, diz estudo do BC

    As decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a Taxa Básica de Juros, a Selic, e a divulgação das atas das reuniões reduzem a volatilidade das taxas de Juros de mercado em 36% e 44%, respectivamente. A conclusão é de estudo feito por servidores do Banco Central (BC), que avaliaram o comportamento da volatilidade das opções da taxa de Juros para medir o impacto das decisões e publicações de notas do BC sobre o mercado de Juros futuros (DI).

    Segundo os autores, a volatilidade implícita, extraída das opções, é mais adequada que a volatilidade física para avaliar os efeitos econômicos, uma vez que engloba as crenças do mercado ajustadas pelo risco. O período avaliado vai de janeiro de 2006 a março de 2015, cobrindo 67 reuniões.

    “Durante esses anos, observamos tanto episódios de política monetária expansionista quanto de contracionista. O efeito resultante foi um período de taxas de Juros decrescentes. Nossos resultados mostram que decisões do Copom reduzem significativamente a volatilidade da taxa de Juros em torno das datas das reuniões. Além disso, esse efeito é válido até as datas de divulgação das notas das reuniões”, diz o estudo assinado por Jaqueline Terra Moura Marins e José Valentim Machado Vicente.

    Os pesquisadores descobriram que nos dias próximos à publicação da decisão nas quais o Copom subiu os Juros, as taxas (DI) de um ano se elevaram. No caso de decisões de corte de Juros, o comunicado é mais relevante na promoção de alterações da estrutura a termo do que o momento da divulgação. No entanto, quando a ata é publicada, no intervalo de uma semana, não foi notada uma persistência dos efeitos na taxa média da distribuição das taxas de Juros.

    Os resultados também mostram que o mercado não se ajusta de forma instantânea com os ajustes nas taxas prosseguindo por dias depois da decisão do Copom. A íntegra do estudo “Do Central Bank Actions Reduce Interest Rate Volatility?”, está disponível no site do BC e não necessariamente reflete a visão da instituição sobre o tema.

    Fonte: VALOR ECONÔMICO

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