Lucas Hirata e José de Castro | De São Paulo
Antes mesmo do anúncio oficial das novas metas de Déficit primário, investidores repercutiram ontem especulações sugerindo que o rombo das contas públicas seria menor que o temido número de R$ 170 bilhões. Isso permitiu que o dólar registrasse a maior queda em três semanas, movimento que abriu espaço para um alívio moderado nos Juros futuros.
No fechamento, o dólar recuou 0,69%, a R$ 3,1734, bem longe da taxa de R$ 3,2061 alcançada mais cedo – maior patamar intradia em um mês. O real teve ainda o melhor desempenho entre 33 pares do dólar. Nos Juros, a taxa com vencimento em janeiro de 2023 caiu a 9,97% ao ano, ante 9,99% do ajuste anterior.
A cotação tentou se manter em queda a partir do começo da tarde, após declarações do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, de que a meta fiscal não ficaria próxima de Déficit de R$ 170 bilhões. Por volta das 16h, o dólar intensificou a baixa após notícias de que o presidente Temer teria definido a meta de 2017 em R$ 159 bilhões, número que já circulava. Pouco antes das 17h, a Fazenda surpreendeu ao informar que as novas projeções seriam anunciadas ainda ontem. “Após ventilarem um Déficit de R$ 170 bilhões, o anúncio de R$ 159 bilhões deve até ser visto com bons olhos por um mercado anestesiado”, destacou a Icatu Vanguarda em nota.
Fonte: VALOR ECONÔMICO