O dólar operou em queda ontem durante a maior parte do dia, mas às 16h voltou a subir e fechou perto da estabilidade em R$ 3,48, registrando uma leve queda de 0,02%. Os investidores relutaram em fazer grandes apostas, mas, mesmo assim, o Banco Central (BC) vendeu a oferta total de até 11 mil contratos de swap cambial tradicional, que equivalem a venda futura de dólares, para a rolagem do lote que vence no próximo mês.
Julio Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora, destacou que a moeda americana se valorizou forte no exterior ontem. “O dólar foi precificado antes da manifestação do domingo que se mostrou mais fraca que as outras duas feitas este ano. Os jornais internacionais destacaram o clima de carnaval. Não tem por que manter o dólar mais alto se a precificação foi feita num momento de resguardo”, avaliou.
Mesmo assim, Galhardo acredita que o momento não é de tranquilidade e o dólar poderá estourar e chegar a “esse chute” de R$ 4,00 que o mercado aposta que acontecerá no momento que o Federal Reserve aumentar os juros, ou se o Brasil perder o grau de investimento.
O diretor da Pioneer Corretora, João Medeiros, acredita que o dólar está “tranquilo”, por enquanto, mas se houver uma melhora política como a aprovação das medidas do ajuste fiscal, diminuição de ministérios e cargos comissionados, o mercado vai reagir e o dólar voltará a cair como aconteceu no começo do primeiro mandato de Lula.
Já o pregão da Bolsa de Valores de São Paulo foi marcado pelo baixo giro de volume dos negócios que ficou em cerca de R$ 2 bilhões. O índice Bovespa registrou queda de 0,61%, aos 47.217 pontos. Contribuiu para o desempenho negativo a queda das ações dos bancos Bradesco (-23,78%), Itaú (-0,87%) e da Petrobras (- 1,51%).
Fonte: Correio Braziliense