Dólar sobe a R$ 3,810

    Após abrir em baixa, o dólar passou a subir e fechou em alta ontem de 1,36% cotado em R$ 3,810, com baixo volume de negócios e sob efeito do o ambiente de aversão ao risco nos mercados internacionais, diante de dados fracos da China, e da queda dos preços do petróleo e do minério de ferro. Na máxima da sessão, a moeda norte-americana bateu R$ 3,829, mas, na mínima, chegou a recuar a R$ 3,744, com investidores apostando que as tensões entre o vice-presidente Michel Temer e a presidente Dilma Rousseff dariam força à campanha pelo impeachment.

    Para os especialistas, a queda do dólar na abertura do pregão foi resultado dos fatores políticos. Contudo, o cenário externo provocou o cavalo de pau na cotação, em função do derretimento das commodities. Os dados fracos da China só pioraram o quadro, levando investidores a evitar ativos de maior risco e apostando suas fichas na divisa dos Estados Unidos.

    O barril do petróleo recuou abaixo de US$ 37 pela primeira vez desde 2009 e acabou com a pressão de queda que a carta de Temer a Dilma havia imposto no início da manhã. Para os analistas, o mercado tem apostado no impeachment e a carta do vice-presidente foi interpretada como um rompimento do PMDB com o governo, reforçando a hipótese de a presidente cair.

    Nem mesmo a intervenção do Banco Central (BC) segurou a alta do dólar . A autoridade monetária já rolou o equivalente a US$ 3,286 bilhões, cerca de 31% do lote total, de US$ 10,694 bilhões. Também anunciou leilão de venda de até US$ 500 milhões com compromisso de recompra.

     

    Fonte: Correio Braziliense

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