O Boletim Focus trouxe revisões para baixo dos indicadores macroeconômicos
Economistas de instituições financeiras reduziram a projeção de crescimento da economia e da indústria brasileiras neste ano, ao mesmo tempo em que diminuíram a perspectiva para a Selic a 11%, após o Banco Central ter desacelerado o ritmo de aperto monetário.
A pesquisa Focus do BC divulgada ontem mostrou ajuste das expectativas para expansão do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano a 1,68%, frente a 1,70% na semana anterior. Para 2015, as contas foram mantidas em crescimento de 2%.
Apesar do resultado do PIB melhor do que o esperado no ano passado, influenciado pelo desempenho do quarto trimestre, os agentes econômicos continuam duvidando que a economia brasileira vai mostrar recuperação melhor em 2014. Ainda mais com o risco de racionamento de energia que tem tirado o sono dos mercados.
Uma das principais preocupações é a indústria, cuja projeção de crescimento para 2014 ano foi reduzida pela terceira semana seguida, a 1,57%, ante 1,80% na semana anterior, ainda segundo dados do Focus.
Esse cenário de desaceleração na atividade vem junto com inflação elevada e juros maiores, ainda que os analistas estejam revisando para baixo suas estimativas para a Selic.
OFocus mostrou que os economistas reduziram a expectativa para a Selic neste ano pela segunda semana seguida, a 11%, ante 11,13% na semana anterior.
O BC reduziu o ritmo de aperto monetário ao elevar a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para 10,75%, e indicou nova alta ao afirmar que é “apropriada” a continuidade dos ajustes na política monetária e que é preciso seguir “especialmente vigilante” na ata da reunião em que tomou essa decisão.
Especificamente para abril, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC volta a se reunir, a expectativa do Focus é de nova elevação de 0,25 ponto percentual na Selic, acabando as apostas em nova alta em dezembro.
Para os economistas , o IPCA deverá encerrar este ano a 6,01%, 0,01 ponto percentual acima da pesquisa anterior.
Uma das principais preocupações é a indústria, cuja projeção de crescimento foi reduzida pela terceira semana seguida, a 1,57%, ante 1,80% na semana anterior.
Fonte: Brasil Econômico