Por Agências internacionais
O número de mulheres em cargos importantes em Bancos Centrais diminuiu em 2018. O índice de equilíbrio de gênero do Fórum de Instituições Monetárias e Financeiras Oficiais (OMFIF, na sigla em inglês) caiu para 19% na edição deste ano, de 30,6% no ano anterior.
O índice mede o número de homens e mulheres em altos cargos em Bancos Centrais, ponderado por fatores que incluem senioridade e o tamanho da economia do país. Uma pontuação de 100% indicaria que os cargos são igualmente divididos entre os sexos.
A queda no índice reflete basicamente a saída de um punhado de mulheres do comando de autoridades monetárias ao redor do mundo, incluindo Janet Yellen, que liderava o Federal Reserve (Fed, o Banco Centraldos Estados Unidos) no ano passado. Apenas 11 de 173 instituições pesquisadas são comandadas por mulheres, incluindo os Bancos Centrais da Rússia, Equador, Cuba, Israel e Chipre.
No Fed, atualmente a mulher com cargo mais alto é Lael Brainard, que faz parte da diretoria da instituição. Já entre as 12 regionais do BC americano, duas são lideradas por mulheres: Cleveland (Loretta Mester) e Kansas City (Esther George). No Banco Central Europeu (BCE), a única mulher na diretoria executiva é Sabine Lautenschläger. Na América Latina, o índice melhorou, atingindo 11% em 2018, de 5% no ano anterior.
O resultado da pesquisa deve aumentar a pressão sobre os BCs, que têm sido cobrados a refletir melhor a divisão de gênero na sociedade. Críticos apontam ainda que a falta de diversidade também deixa essas instituições mais vulneráveis ao chamado “pensamento de grupo”, o que gera risco de erros.
Fonte: Valor Econômico