DE BRASÍLIA
O BC também reduziu sua estimativa para a inflação no ano –de 6% para 5,8%. A projeção pressupõe o dólar cotado a R$ 2,35 e a taxa básica de juros (Selic) em seu patamar atual, de 9% ao ano.
Neste cenário, a inflação medida pelo IPCA fica próxima a 6% até o fim do governo Dilma, bem distante do centro da meta, de 4,5%. A meta tem intervalo de tolerância de dois pontos percentuais, para baixo ou para cima.
A previsão de analistas para o boletim Focus, do Banco Central, é de alta de 6,21% neste ano.
O diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton, disse que as projeções indicam um “recuo lento” da inflação.
Ele afirmou que ainda há riscos para a inflação, como no caso dos reajustes de salários, mas que o BC seguirá trabalhando para entregar uma inflação mais baixa no fim do ano.
“É uma situação que pode evoluir para melhor a depender das ações que foram sendo tomadas ao longo do tempo”, disse.
O Comitê de Política Monetária começou a subir a taxa básica de juros em abril para conter a inflação. Desde então, a taxa Selic passou de 7,25% ao ano para 9% ao ano. O Copom se reúne na semana que vem e a expectativa do mercado é de nova alta.
Fonte: Folha de S.Paulo