FSB sinaliza com exigência a grandes nacionais

    Por Assis Moreira | De Genebra

    Dificilmente bancos nacionais “grandes demais para quebrar” vão escapar da exigência de capital adicional, sinalizou ontem Svein Andresen, secretário-geral do Conselho de Estabilidade Financeira (FSB, na sigla em inglês), que reúne as principais autoridades reguladoras globalmente.

    O FSB fez progressos para controlar os bancos grandes demais, estabelecendo três tipos de medidas para reduzir o impacto de possíveis falências sobre o sistema financeiro como um todo. Houve mudanças nos regimes jurídico e operacional, as exigências aumentaram e a supervisão será mais intensificada

    O FSB fez uma lista inicial de 28 bancos estrangeiros cuja “quebra” poderia ter efeito sobre o sistema financeiro global. Eles têm de cumprir a exigência de adicional para aumentar seu capital numa proporção de 1% a 2,5% de seus ativos ponderados pelo risco, a partir de 2019.

    Mas o problema de “bancos grandes demais” é também nacional, e o FSB defende maior controle sobre essas instituições cujo problema pode afetar mercados locais. A diferença é que, no caso dos nacionais, fica a critério do regulador local impor a exigência adicional que responda melhor às características do sistema financeiro doméstico.

    Andresen disse ao Valor que a tendência é de os grandes nacionais terem de ampliar o capital próprio de melhor qualidade, mesmo com uma diferença de percentual em relação aos grandes demais globais. “A exigência de aumentar capital extra já está acontecendo em diferentes países”, afirmou. Levantamento do FSB mostra que o Brasil ainda não publicou documento oficial detalhando o conteúdo para os grandes bancos locais serem submetidos a um maior controle.

     

    Fonte: Valor Econômico

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