Funcionários do Banco Central tentam usar Roberto Campos Neto para levar demandas da categoria a Lula

    Por Gustavo Silva |

    Insatisfeitos com a condução dos diálogos realizados pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, servidores do Banco Central (BC) tentam levar a demanda de uma reestruturação de carreiras ao presidente Lula (PT) por meio do presidente do Banco Central Roberto Campos Neto. A ausência de reuniões marcadas entre ministérios do governo Lula (PT) e o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) complica o andamento das demandas dos servidores do órgão.

    A categoria já se mostrava insatisfeita com a falta de diálogo com o governo quanto à reestruturação da carreira dos funcionários públicos do banco. Também surgiram na relação com a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck. Servidores afirmam que ela não atendeu às reivindicações não salariais do sindicato do BC. Nos últimos meses, os funcionários do banco realizaram diversas paralisações e ameaçam escalar o movimento para uma greve.

    – Buscamos reuniões com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com a ministra do Planejamento, Simone Tebet… Nada foi marcado. A ausência, até aqui, desses encontros, é vista por nós como um erro por parte do governo e da presidência do banco. Falta de diálogo é péssimo para a busca de soluções – salienta Fábio Faiad, presidente do Sinal.

    O que os servidores pedem

    Representantes sindicais defendem que, com apenas duas mudanças a serem postas em prática, a situação pode se tornar mais amistosa entre os funcionários, a gestão do BC e o governo Lula.

    1. Alteração de nomenclatura para o cargo de analista: a proposta também envolve a alteração de nomenclatura para o cargo de analista para auditor, termo mais condizente com as atividades realizadas e com a importância do respectivo cargo;
    2. Exigência de ensino superior para o cargo de técnico: os servidores têm pedido que o cargo de técnico seja considerado como de nível superior, o que implicaria em uma mudança na qualificação necessária para ingressar nessa carreira.

    Procurada, a assessoria do Banco Central não retornou às demandas do EXTRA.

    Fonte: Jornal Extra

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