Funcionários do BC farão greve nesta quarta-feira, dia de anúncio sobre juros

    Durante reunião do Copom, servidores farão protesto por aumento salarial

    POR GABRIELA VALENTE

    01/09/2015 16:51
     

    BRASÍLIA – Enquanto os diretores do Banco Central estiverem na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), para decidir se vão parar ou não de aumentar a taxa de juros no Brasil, metade dos funcionários da autarquia estará de braços cruzados. Essa é a expectativa do Sinal (Sindicato dos Funcionários do BC) para a paralisação marcada para esta quarta-feira. Além de aumento de salários, os servidores defendem a autonomia legal da autoridade monetária e protestam contra a possibilidade de tirar o status de ministros do presidente do BC na reforma ministerial.

    — Tirar o status de ministro do presidente do BC traz riscos jurídicos para as decisões tomadas aqui e tira a autonomia — alertou a presidente do Sinal/DF, Rita Girão.

    Fora a defesa institucional, os funcionários do Banco Central querem que os salários voltem a ser equiparados aos dos procuradores da autarquia, já que são os responsáveis pela atividade fim do BC. No entanto, os advogados da autoridade ganham mais. Na prática, isso significaria um aumento de 5% nos rendimentos. 

    Apesar de grande, a paralisação não deve interferir em nenhum serviço essencial da autoridade monetária. Deve atrasar procedimento internos, já que o BC funcionará sob esquema de plantão.

    — É mais para fazer barulho mesmo — admitiu Rita.

    A assessoria de imprensa do Banco Central não comenta a greve.

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