Governo propõe reajustes de benefícios aos servidores

    O governo federal apresentou nesta segunda-feira (20), durante negociação com os representantes dos servidores públicos federais, propostas de reajustes para auxílios alimentação, saúde e pré-escolar. A informação foi divulgada pelo Ministério do Planejamento.

    Segundo o ministério, as medidas são duas novidades adicionais à proposta de reajuste de 21,3% parcelados em quatro anos que havia sido apresentada no final de junho.

    Em reunião com o Fórum Nacional das Entidades, o secretário de Relações de Trabalho no Serviço Público do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MP), Sérgio Mendonça, propôs reajustar, com base na inflação dos últimos anos, os três principais benefícios sociais dos servidores públicos – auxílio-alimentação, plano de saúde suplementar e auxílio pré-escolar.

    Segundo o Ministério do Planejamento, para o auxílio-alimentação e para o plano de saúde suplementar, cujos últimos reajustes ocorreram em 2013, os índices aplicados ficariam em torno de 22,5% e 23%, respectivamente, considerando a inflação de 2013 e 2014 e a estimativa para 2015.

    Já para o auxílio pré-escolar, conhecido como auxílio-creche, o reajuste levaria em consideração o período inflacionário acumulado desde 1995, o que daria um índice de cerca de 317%.

    Os valores entrariam em vigor a partir de janeiro de 2016. Somados, os três reajustes significariam um impacto anual orçamentário de R$ 1,3 bilhão.

    Sérgio Mendonça afirmou que é preciso levar em conta que a negociação envolve uma categoria de trabalhadores que tem estabilidade no emprego em um momento em que o país atravessa dificuldades econômicas e com ganho acima da inflação, considerado o período entre 2003 e 2015.

    Ainda de acordo com o ministério, o secretário sugeriu a adoção de uma cláusula de revisão na proposta de reajuste plurianual (quatro anos), para preservar o poder aquisitivo. “Se errarmos na previsão de inflação futura, estamos dispostos a sentar novamente à mesa e renegociar o acordo”, afirmou.

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