O governo continua a sofrer tropeços no Congresso. O relator do projeto de lei que reverte parcialmente a desoneração da folha de pagamentos, o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), adiou a votação do texto para 10 de junho. A intenção do Planalto era aprovar o ajuste fiscal na Casa ontem, antes de a presidente Dilma Rousseff anunciar o contingenciamento de gastos do Orçamento, previsto para hoje.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não leu até agora a mensagem de Dilma, que está na Casa desde 30 de abril, com os indicados para o Cade. A aprovação desses nomes pode se tornar a próxima disputa entre o governo e Renan, que atuou contra a escolha de Luiz Edson Fachin para o Supremo Tribunal Federal. Se os conselheiros não forem aprovados até agosto, o Cade ficará sem quórum para julgar fusões e aquisições.
Ontem, a base aliada do governo no Senado cedeu e aprovou na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) projeto de lei da Câmara que fixa reajuste médio escalonado de 59,49% para os salários no Judiciário. O Planalto estima que esse aumento elevaria o gasto da União em R$ 1,5 bilhão em 2015 e R$ 25,7 bilhões nos próximos quatro anos.
Fonte: Valor Econômico