Greve no Banco Central: Servidores entregam cargos e cobram reajuste cortado por Bolsonaro

    “O único caminho real para resolvermos nossos problemas atuais é o das mobilizações!”, afirma o sindicato dos trabalhadores do Banco Central.

    Por Lucas Rocha | 

    Servidores do Banco Central realizaram nesta segunda-feira (3) um movimento similar ao que foi orquestrado por delegados e chefes de divisão da Receita Federal no final de dezembro. Os funcionários do BC entregaram cargos comissionados e anunciaram uma paralisação em razão da ausência de reajuste salarial em 2022.

    No orçamento de 2022 elaborado pelo governo Jair Bolsonaro, apenas integrantes da Polícia Federal receberão reajuste este ano. Por conta disso, membros da Receita Federal e, agora, do Banco Central decidiram protestar.

    O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) anunciou nesta segunda a entrega de cargos. Em nota divulgada, o sindicato criticou o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e cobrou que ele atue para garantir o reajuste dos servidores do órgão.

    “Já houve acordo na questão dos 28,86% para os servidores da Receita Federal, os do Tesouro Nacional, os Policiais Rodoviários Federais, os da Controladoria-Geral da União etc., mas não houve negociação para os servidores do Banco Central do Brasil”, afirmam.

    “De elogios inócuos e “tapinhas nas costas” os servidores estão cansados. O que se quer, de verdade, é ver o Presidente do BC entrar em campo para valer e conseguir resolver de uma vez por todas as duas assimetrias acima citadas. O momento exige, obviamente, uma priorização, a fim de não se perder o foco: a prioridade será a reestruturação, com reajuste salarial, dos cargos de Analista e Técnico”, cobram.

    “O único caminho real para resolvermos nossos problemas atuais é o das mobilizações!”, afirma o sindicato dos trabalhadores do Banco Central. Está previsto para o dia 18 de janeiro um dia de protesto pela Reestruturação da Carreira, com atividades virtuais e uma mobilização em Brasília.

    Fonte: Revista Fórum

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