Ilan fala em redução moderada do ritmo de corte

    O presidente do BC, Ilan Goldfajn, afirmou, em evento promovido pela Escola Politécnica da USP ontem, que para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), caso o cenário básico evolua conforme esperado, o colegiado “vê, neste momento, como adequada uma redução moderada na magnitude da flexibilização monetária”. Além disso, mantidas as mesmas condições, o Copom antevê um encerramento gradual do ciclo.

    “Não obstante as perspectivas acima, o Copom ressalta que o processo de flexibilização continuará dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos, de possíveis reavaliações da estimativa da extensão do ciclo e das projeções e expectativas de inflação”, disse Ilan, conforme discurso publicado no site do BC.

    “O patamar atual de taxa de Juros real, próximo a 3,0%, é baixo do ponto de vista histórico brasileiro e tende a estimular a economia. A taxa de Juros real ex-ante encontra-se abaixo da taxa estrutural, o que significa que há duas hipóteses para frente. Uma, que a taxa de Juros estrutural decline ao longo do tempo. A outra é que o juro básico suba ou, ainda, uma combinação das duas”, disse Ilan.

    O presidente do BC ressaltou que o crescimento do consumo tem sido um instrumental para a retomada da economia e que é calcado em bases mais sólidas que no passado, pois baseia-se em aumento provavelmente permanente de renda e redução do endividamento das famílias. Ao mesmo tempo, disse que isso precisa ser seguido de uma recuperação nos investimentos.

    Presidente de BC da AL do ano
    O presidente do Banco CentralIlan Goldfajn, foi eleito Governor of the Year for Latin America (chefe de Banco Central do ano para América Latina) pela publicação inglesa GlobalMarkets. A última vez que o Brasil recebeu a premiação foi em 2008, segundo a newsletter do BC “Conexão Real”. A entrega do prêmio acontece no dia 14, em Washington, durante o encontro do FMI. Com três décadas de existência, a revista circula durante os encontros anuais promovidos por organismos multilaterais, como o FMI e o Banco Interamericano de Desenvolvimento.

    Fonte: VALOR ECONÔMICO

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