Inflação pressiona BC

    A inflação voltou a preocupar analistas de mercado financeiro, que elevaram de 6,43% para 6,47% a expectativa da alta do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2014. A revisão ocorreu justamente na semana em que o Banco CENTRAL (BC) deverá anunciar uma pausa na escalada dos juros básicos da economia, que sobem sem parar desde abril de 2013.

    O consenso dos analistas de bancos e corretoras é de que o Comitê de política monetária (Copom) manterá a taxa Selic em 11% ao ano na reunião que começa hoje e termina amanhã. Eles acreditam também que, logo após as eleições de outubro, o BC voltará a subir os juros, numa tentativa de retomar a confiança do setor privado e de derrubar as expectativas de inflação.

    Técnicos da equipe econômica reconhecem que uma das grandes dificuldades para conter a escalada dos preços é, justamente, convencer empresários e o mercado financeiro de que o BC não jogou a tolha na tarefa de controlar a inflação. Faz quatro anos seguidos que o IPCA está muito acima da meta definida pelo governo, de 4,5%. A menor taxa foi de 4,92%, alcançada em julho de 2012.

    Novas altas

    Desde abril de 2013, os juros básicos subiram 3,75 pontos percentuais, saindo da mínima histórica, 7,25% ao ano, para o patamar atual de 11% – uma taxa maior que a recebida por Dilma Rousseff do ex-presidente Lula em janeiro de 2011, de 10,75%. Mesmo apostando na manutenção da Selic na próxima reunião, o mercado espera que a autoridade monetária promova mais uma elevação de 0,25 ponto percentual em 2014, levando a taxa para 11,25%. A estratégia seria mantida, com três novas altas de 0,25 ponto, que colocariam a Selic em 12% no fim de 2015.

     

    Fonte: Correio Braziliense

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