Insatisfeita, nata do funcionalismo público já articula greve do “estopim”

    Cristiane Noberto
    postado em 23/12/2021

    Para presidente do Fonasefe, a paralisação já era iminente e, com o reajuste apenas para policiais no Orçamento de 2022, aumentou a consternação das categorias que não foram contempladas

    “A decisão do reajuste só para algumas categorias foi o estopim para a greve”, afirmou Rivânia Andes, presidente do Fórum das Entidades dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe). A paralisação dos servidores públicos pode a ser a maior dos últimos nove anos.

    De acordo com a presidente da entidade, embora sem data definida para a paralisação, a ideia é que seja realizada ainda no começo de 2022. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (23/12) e os presidentes dos sindicatos associados deliberarão com os filiados para baterem o martelo sobre o início da greve. “Nossa ideia é já iniciar 2022 com esse indicativo. Esse movimento já está articulado desde a reforma administrativa. Neste ano, nós fizemos uma jornada de 14 dias contra a reforma”, disse.

    Rivânia aponta que a decisão de incluir no Orçamento de 2022 só para algumas categorias foi “o que nos deixou mais indignados”. De acordo com a presidente, “estamos há muitos anos sem reajuste e ser anunciado apenas para algumas categorias foi o estopim”.

    De acordo com Fábio Faiad Bottini, presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), o debate está começando agora e, por ser véspera do Natal, estão articulando com “calma”. “É uma coisa que estamos começando a construir e vai ser geral, pois está todo mundo insatisfeito. Eu sei que algumas entidades já saíram a campo reclamando e estamos construindo um calendário para o mês que vem”, disse ao Correio.

    As duas entidades são associadas ao Fórum Nacional das Carreiras de Estado (Fonacate), é a representação das mais altas carreiras do funcionalismo público. O presidente da organização, Rudinei Marques, destaca que até a segunda quinzena de janeiro a mobilização estará pronta para ser deflagrada. Segundo ele, “não há possibilidade das categorias não aderirem, pois a insatisfação é geral”.

    Fonte: Correio Braziliense

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