Jucá na roda

    Nomeado relator das mudanças na Lei de Diretrizes Orçamentárias deste ano, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) surpreendeu ontem a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, ao louvar as ações do Poder Executivo e dizer que o Congresso precisa aprovar logo a proposta para passar sinais positivos aos investidores. Nada disso, entretanto, foi visto como interesse único em ajudar o país. Há quem diga que Jucá, com esse gesto, pode ocupar o primeiro lugar na fila de prováveis comandantes do Senado, caso Renan Calheiros cumpra o que disse e não seja candidato – o que, até agora, ninguém acredita.

     

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    Jucá apoiou Aécio Neves na eleição presidencial e teria facilmente muitos votos no PSDB. Ao estender a mão aos projetos do governo, desponta como uma opção da base governista. É um nome a se observar daqui por diante neste cenário eleitoral do Congresso.

     

    Juca Ferreira no governo

    Entre os congressistas, o ex-ministro da Cultura Juca Ferreira é visto como o nome que substituirá a senadora Marta Suplicy (PT-SP). Sinal de que, até o momento, não emplacaram os movimentos para que Jandira Feghali (RJ), do PCdoB, ocupe o cargo em 2015.

     

    Por partes

    Depois de obter o apoio do Solidariedade, partido de oposição, o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), buscará algum aliado do governo. A dificuldade de anúncios oficiais no momento é a reforma ministerial. Há quem diga que os partidos governistas não querem declarar apoio agora para não perderem espaço no segundo mandato de Dilma.

     

    Climão

    Os petistas estão desanimados com as perspectivas de elegerem um dos seus presidente da Casa. Eles percebem nos colegas de outros partidos uma vontade de derrotar o PT para compensar a vitória na eleição presidencial. “Se esse sentimento se espalhar, nem Lula resolve”, resume um petista.

     

    Sem refresco

    A oposição aproveita a mudança na LDO para tirar mais uma casquinha do combalido ministro da Fazenda, Guido Mantega: “Esgotaram-se todas as fórmulas de contabilidade criativa e agora o governo tardiamente reconhece que as previsões feitas pelo ministro Mantega não passavam de declarações de efeito”, comenta o deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP), pronto para a briga.

     

    Curtidas

     

    A mágica do três/ A saída da Marta Suplicy, com a carta que deixou a presidente Dilma Rousseff possessa, tem três fatores: primeiro, Fernando Haddad para prefeito de São Paulo em 2012; depois, Aloizio Mercadante na Casa Civil; por último, Juca Ferreira coordenador do programa de governo da área de cultura.

     

    O que é bom para a Espanha…/ Os políticos brasileiros acompanham atentamente o Podemos, partido fundado na Espanha em janeiro deste ano com a participação de professores universitários e a juventude madrilenha. O Podemos conquistou algumas cadeiras no parlamento e hoje desponta como um fenômeno capaz de romper a polarização.

     

    …Pode funcionar aqui/ O PSB e a turma da Rede de Marina Silva (foto) acreditam que, no Brasil, a polarização deu seu último suspiro nessa eleição. E Marina está quieta de propósito. É hora de deixar os atores do segundo turno se digladiarem no cenário pós-eleitoral. Ela está se guardando para quando o carnaval passar.

     

    Moreira ligou/ O ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, ficou uma arara com o líder do PMDB, Eduardo Cunha, e a acusação de que vem trabalhando contra a candidatura de Cunha à Presidência da Câmara. À coluna, Moreira mandou dizer que não pretende influenciar nessa disputa e que quem cuida disso é Michel Temer.

     

    Fonte: Correio Braziliense

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