Melhoraram as expectativas do mercado a respeito da inflação neste ano, mesmo após o reajuste de 3% na gasolina e de 5% no diesel, anunciado pela Petrobras na quinta-feira passada. O fato de o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) de outubro ter ficado abaixo do esperado pode ter ajudado a aliviar a pressão, assim como a expectativa de um aperto monetário maior até o fim do ano. Isso porque os analistas consultados para o boletim Focus, do Banco CENTRAL, elevaram suas apostas para a taxa básica de juros até o fim deste ano.
De acordo com o Focus, a mediana das projeções para o IPCA de 2014 caiu de 6,45% para 6,39%. Entre os analistas Top 5 – os que mais acertam as previsões – a mediana de médio prazo também caiu, de 6,49% para 6,34%. Na sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA subiu 0,42% em outubro, ante uma expectativa de 0,49%. Em setembro, o indicador oficial de inflação avançou 0,57%.
No Focus, os analistas também elevaram a projeção da Selic para 11,50% na última reunião do Comitê de política monetária (Copom) no ano, no início de dezembro. Atualmente, a taxa está em 11,25%.
Apesar do ligeiro alívio previsto para 2015, os analistas ainda veem uma inflação bastante pressionada em 2015, mas não ajustaram sua previsão para o juro. A mediana para o IPCA em 12 meses subiu de 6,38% para 6,42% e para o fim de 2015 avançou de 6,32% para 6,40%. Os Top 5 têm uma previsão pessimista. Sua mediana de médio prazo saltou de 6,38% para 6,74% em 2015. Em ambos os casos, mercado em geral e Top 5 a estimativa para a Selic é de 12% ao fim do próximo ano.
O mercado também elevou a estimativa para o IPCA em novembro, de 0,57% para 0,59%.
Já a mediana das previsões para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano caiu de 0,24% para 0,20%. Há um mês, a projeção era de crescimento de 0,28%. Para 2015, a previsão recuou de 1% para 0,8% de alta.
Fonte: Valor Econômico