Mercado reduz pela 13ª semana seguida a projeção de expansão do PIB deste ano

    Por Gabriel Caprioli | De São Paulo

    A poucos dias de o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgar o resultado das contas nacionais, com as informações sobre o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre, o mercado voltou a reduzir a projeção para o avanço da economia neste ano.

     

    As cerca de 100 instituições consultadas pelo Banco CENTRAL para o boletim Focus cortaram, pela décima-terceira semana consecutiva, de 0,79% para 0,70% a estimativa para o crescimento do PIB em 2014.

     

    Para o ano que vem, as projeções foram mantidas em alta de 1,20%. O mercado também manteve a projeção de queda de 1,76% para a produção industrial no ano, e a de alta de 1,70% para o setor em 2015.

     

    As estimativas para o superávit da balança comercial brasileira neste ano foram elevadas de US$ 2 bilhões para US$ 2,5 bilhões, enquanto para 2015 a expectativa de saldo positivo foi mantida em US$ 8 bilhões. A taxa de câmbio estimada pelos economistas no boletim Focus foi mantida em US$ 2,35 para o fim de 2014 e em US$ 2,50 para dezembro de 2015.

     

    O mercado financeiro voltou a elevar as projeções para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para os próximos 12 meses. De acordo com o boletim Focus, a estimativa para o indicador passou de 6,21% para 6,24%, no quarto movimento semanal seguido de elevação.

     

    Na semana passada, o IBGE divulgou a prévia para a inflação de agosto (IPCA-15) de 0,14%, resultado abaixo do esperado pelo mercado. Embora tenha sido o menor para o mês desde julho de 2013, o índice foi influenciado por queda de preços pontuais, como as de diárias de hotéis. A expectativa é que passado esse efeito, o IPCA continue pressionado.

     

    Para este ano, os economistas consultados para o Focus elevaram de 6,25% para 6,27% a projeção do IPCA. Para 2015, a estimativa também avançou de 6,25% para 6,28%. Para agosto, a estimativa foi cortada de 0,24% para 0,23%. A mediana geral está em linha com a das instituições que mais acertam as previsões (Top 5), que reduziram de 6,32% para 6,27% a projeção para o IPCA neste ano. Para 2015, o Top 5 manteve a projeção de alta de 6,48% da inflação.

     

    Para a Selic, o mercado manteve a projeção de 11% para este ano e elevou de 11,75% para 12% a projeção para o ano que vem. As instituições Top 5 também mantiveram as mesmas projeções de 11% e 12%.

     

    Fonte: Valor Econômico

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